Ao parar para abastecer, é comum o frentista oferecer uma infinidade de aditivos par o veículo. A promessa é mais rendimento com menores níveis de emissões e consumo, por exemplo. Mas a utilização desses produtos gera divergência até entre engenheiros do setor automotivo.

Pedro Nelson Belmiro, químico e coordenador da Comissão de Lubrificantes e Lubrificação do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), diz que aditivos são compostos que juntamos a outro produto e podem reforçar suas qualidades, agregar novas propriedades ou eliminar as indesejáveis.

Eles podem já estar no produto ou ser vendidos em frascos. No caso dos óleos lubrificantes, os aditivos estão na formulação, segundo especificações internacionais. Para garantir o bom funcionamento do motor, basta que o motorista faça a troca regular do óleo e escolha o produto determinado nas especificações do manual.

Combustível

Há dois tipos de aditivo para combustível: que prometem limpar o sistema de injeção e para aumentar a octanagem da gasolina. “Em carros da Chevrolet, recomendamos o uso desde que seja o da GM, a cada quatro tanques e para os veículos que rodam pouco, a fim de evitar o acúmulo de sujeira “, diz Henrique Pereira, da GM Powertrain.

Já Giuliano Caloi, engenheiro e professor de pós-graduação da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), não recomenda o uso desses produtos. “Se um aditivo que tenha detergente na fórmula é utilizado por longo tempo e grande freqüência, pode até mesmo comprometer o motor”, explica. Belmiro afirma que no Brasil não existe uma regulamentação técnica sobre a dosagem, o que cria espaço para as divergências.

Várias fabricantes recomendam o uso de aditivo para combustível, por exemplo. O preço do frasco, que em geral tem entre 200ml e 500ml, é de até R$ 30. O próprio usuário pode colocar o produto no bocal do tanque. Outra opção é adquiri-lo nos postos de abastecimento.