Dois ex-diretores da Assembleia Legislativa do Paraná foram condenados pela 9ª Vara Criminal de Curitiba a 18 anos de prisão pela prática dos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. O processo é referente a funcionários fantasmas no Legislativo paranaense, no escândalo dos Diários Secretos.

A sentença, de 31 de julho, foi proferida no processo que se refere à família de Daor Afonso Marins de Oliveira, ex-funcionário do Legislativo. Foram condenados os -diretores José Ary Nassiff (Administrativo) e Cláudio Marques da Silva (de Pessoal). Os dois receberam a mesma pena: 18 anos, 11 meses e 20 dias de reclusão e pagamento de 1093 dias-multa.

Os acusados também terão de ressarcir os cofres públicos. A Justiça decretou a perda em favor da União da quantia de R$ 400,5 mil apreendida na residência de Cláudio Marques da Silva. Foi decretada ainda a perda do cargo público de Marques da Silva e a proibição de ambos os réus de exercerem qualquer cargo ou função pública pelo dobro do tempo da pena aplicada.

A sentença se refere ao mesmo caso que resultou na condenação de Daor Afonso Marins de Oliveira e outros oito fantasmas da Assembleia. Daro fora condenado a 15 anos de reclusão em processo desmembrado, mas o Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com recurso e a pena acabou sendo aumentada para 21 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão. A decisão, de 11 de julho, é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ-PR).