Considerado pela UNESCO, órgão da ONU para a educação, como uma solução moderna para a comunicação do mundo atual, o esperanto tem como objetivo se tornar uma língua auxiliar internacional. Para os esperantistas, a língua já está pronta, amadurecida o suficiente para assumir esse papel. Falta ainda, no entanto, difundir a língua e alcançar um número maior de esperantistas.

De acordo com Jônathas Barros, a expectativa é que a partir deste ano o esperanto se torne mais conhecido em Curitiba e no Paraná. Segundo ele, um dos maiores trunfos para que esse sonho se torne realidade é a facilidade para se aprender a língua — ele estima que em cerca de seis meses um aluno já consiga ter bom domínio sobre o esperanto, mas em alguns casos o aluno pode levar até menos tempo.

Outro facilitador para os alunos brasileiros é que a principal base do esperanto é o latim, o que significa que muitas palavras são parecidas com o português, já que utilizam os mesmos radicais e prefixos (como você poderá notar no glossário).

O esperanto é tão fácil que dá para aprender sozinho. Para se ter noção, quem faz aulas no módulo Básico 3 já sabe 10 mil palavras, sendo que para se saber uma língua basta conhecer cerca de 3 mil palavras. É um idioma de lógica, uma espécie de matemática com a língua. Além disso, são poucas as regras gramaticais (apenas 16) e todas muito simples, diz o presidente da Associação Paranaense de Esperanto.

Além da facilidade em se aprender a língua, outro chamariz do qual os esperantistas pretendem se aproveitar é a possibilidade do aluno de esperanto conseguir um diploma da União Europeia, o que certamente enriqueceria o currículo de qualquer um.

A União Europeia tem o conselho de quadro de línguas e eles padronizaram os exames de proeficiência linguística, e o de esperanto é um desses exames. Aqui em Curitiba a UFPR oferece esse teste, que acontece todos os anos e de forma simultânea no mundo todo.

REGRAS GRAMATICAIS DO ESPERANTO
1 O esperanto possui apenas artigo determinado la, que serve para todos os gêneros e números (ou seja, significando o, a, os, as). Não há artigo indeterminado.
2 Toda palavra com mais de uma sílaba que termina em o é um substantivo singular. Já no plural a terminação é em oj (pronuncia-se como oi em português). Além disso, só há dois casos: nominativo e acusativo. Este forma-se pelo acréscimo da desinência n ao nominativo. Já os demais casos formam-se com preposições: o genitivo com de (de), o dativo com al (a), o ablativo com kun (com) ou com outras preposições, segundo o sentido.
3 Os adjetivos acabam em a no singular e aj no plural. Geralmente os adjetivos aparecem na frente dos substantivos, mas esta não é uma regra fixa. Seus casos e números formam-se como nos substantivos. O grau comparativo forma-se, com adjetivo da palavra pli (mais) e o superlativo com a palavra plej (o mais). O que do comparativo traduz-se por ol, e o de do superlativo por el.
4 Os numerais básicos: unu (1), du (2), tri (3), kvar (4), kvin (5), ses (6), sep (7), ok (8), nam (9), dek (10), cent (100), mil (1000). As dezenas e centenas formam-se pela simples reunião dos mencionados numerais. Aos adjetivos numerais cardinais adiciona-se a terminação a do adjetivo, para formar os numerais ordinais; obl para os múltiplos; on para os fraccionários; op para os coletivos. Po antes dos cardinais forma os distributivos.
5 Ospronomes pessoais são: mi (eu), vi (tu), li (ele), ]i (ela), i (ele, ela, para animais ou coisas), si (se, si, reflexivo), ni (nós), vi (você, vós, vocês), ili (eles, elas), oni(se, um). Adicionando-lhes a terminação a do adjetivo formam-se os adjetivos ou pronomes possessivos. Os pronomes declinam-se como substantivos.
6 O verbo é invariável nas pessoas e nos números, ou seja, só existe uma conjugação. No infinitivo, os verbos terminam em i; no presente, os verbos terminam em as; no passado, em is; no futuro, em os; no modo condicional, em us, e no imperativo em u. Para cada verbo existem três particípios ativos: ant o de presente, int o de passado e ont o de futuro. São também três os passivos: at o de presente, it o de passado e ot o de futuro. Já a voz passiva forma-se com o verbo esti (ser) e o particípio passivo do verbo que se conjuga. O de ou o por do ablativo agente traduzem-se por de.
7 Os advérbios derivados de substantivos, adjetivos, verbos, etc., terminam em e e são invariáveis em gênero e número.
8 Todas as preposições regem por si mesmas o nominativo.
9 Todas as palavras são pronunciadas da mesma forma como são escritas.
10 O acento tônico cai sempre sobre a penúltima sílaba.

11 As palavras compostas formam-se pela simples união dos elementos que as formam. Nelas a palavra fundamental aparece sempre no fim. Os afixos e terminações são considerados palavras.

12 Se na frase já há uma palavra negativa elimina-se o adverbio ne (não).
13 A palavra que indica o lugar aonde se vai leva a terminação do acusativo.
14 Cada preposição tem sentido determinado e constante; mas se devemos usar alguma preposição e o sentido não nos indica qual delas devemos empregar, então usamos a reposição JE, que não tem sentido próprio. Em lugar da preposição JE pode-se usar também o acusativo sem preposição.
15 Vocábulos estrangeiros não sofrem alteração ao passar para o esperanto, mas adotam a sua ortografia e as suas terminações. No caso de distintas palavras derivadas de uma mesma raiz, o ideal é usar apenas o vocábulo fundamental e formar os outros a partir do último, conforme as regras do Esperanto.
16 A vogal final do substantivo e artigo podem ser elididas e substituída por apóstrofe.