O ex-governador de São Paulo José Serra disse ontem, por meio de nota, que é um fato gravíssimo a informação, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que a Polícia Federal (PF) grampeou o comitê eleitoral do PSDB no Acre durante a campanha eleitoral de 2010. As escutas telefônicas a que o jornal teve acesso revelam detalhes da campanha do então candidato do PSDB ao governo estadual, Tião Bocalon, e conversas com a coordenação de campanha do então candidato José Serra, nome do PSDB à sucessão presidencial no ano passado. Um fato gravíssimo que precisa ser investigado a fundo, cobrou o ex-governador.

Blindado
O governo blindou ontem o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel (PT), e impediu sua convocação pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara por 13 votos a cinco. A estratégia do Palácio do Planalto de privilegiar o petista desagradou parlamentares de outros partidos da base aliada. Desde o escândalo envolvendo o ex-ministro Antonio Palocci, a ordem da presidente Dilma Rousseff era para que os ministros alvo de denúncias fossem ao Congresso se explicar.

Rombo
Para defender a aprovação do projeto de lei que cria o fundo de previdência complementar dos servidores públicos, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, afirmou ontem que é preciso ter coragem para promover as mudanças necessárias. Segundo ele, as mudanças são indispensáveis para permitir que o sistema tenha sustentabilidade no longo prazo, evitando que o problema seja transferido para as futuras gerações. O ministro participou de comissão geral para tratar do projeto no plenário da Câmara. Segundo Garibaldi, o elevado déficit da previdência dos servidores é uma tragédia anunciada. Ou tomamos uma providência ou nos veremos numa situação muito difícil, destacou Garibaldi.

Crack
A presidente Dilma Rousseff lançou ontem um pacote de ações de combate ao crack e outras drogas, com investimento previsto de R$ 4 bilhões até 2014. Entre as ações programadas estão a instalação de enfermarias em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) focadas em atendimentos de usuários de drogas, criação de consultórios de rua em locais de maior incidência de crack e a intensificação de ações de inteligência de combate ao tráfico. Em seu discurso, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, admitiu que o País vive uma epidemia de crack.