Hackers invadiram, na manhã de ontem a página eletrônica do Ministério da Saúde e incluíram, na agenda de compromissos do dia do ministro e deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP), dois eventos inusitados: às 19 horas a renúncia do (vice) presidente da República Michel Temer (sic) e uma hora antes reunião com ministros e líderes da base aliada do GOLPE. Uma cópia da agenda alterada do ministro circulou pela internet e o site do ministério chegou a ser temporariamente retirado do ar. Voltou há pouco, já com a agenda sem os dois eventos fictícios.A assessoria de imprensa do Ministério informou que, tão logo foi verificada a invasão, a pasta acionou os técnicos para apurar o ocorrido: a que horas se deu a entrada na página do ministério e se isso ocorreu de forma externa ou internamente.

No ataque
Em seu programa eleitoral de ontem na TV, o candidato do PMN à prefeitura de Curitiba, Rafael Greca, partiu para o ataque contra o prefeito e candidato à reeleição, Gustavo Fruet (PDT). Acusou o pedetista de usar uma frase fora do contexto na propaganda eleitoral para acusá-lo de não gostar de pobre. A referência é à polêmica declaração feita por Greca na sabatina PUC/Bem Paraná, na última quinta-feira, na qual o candidato do PMN contou ter vomitado ao tentar socorrer um morador de rua por causa do cheiro.

Contexto
Depois da pesquisa Ibope a vida do Greca não está fácil. Sofreu ‘gordofobia’ no Whatsapp, o Fruet acusou ele de ladrão, distribuiu panfletos sem provas com gente da prefeitura, alegou texto lido pelo locutor do programa. A propaganda afirma ainda que tentaram armar uma tocaia em Piraquara com guardas municipais disfarçados e armados, mas que isso não deu certo. Foram presos e a Justiça recolheu os panfletos. Fruet ainda usou na propaganda uma frase fora de contexto dita na PUC sobre quando 30 anos atrás, o Greca ainda jovem e inexperiente recolheu com seu próprio carro um pobre mendigo doente para acusar Greca de não gostar de pobre, alega a campanha de Greca.

Multa
O juiz João Luiz Manassés de Albuquerque Filho, da 1ª Zona Eleitoral de Curitiba, condenou ontem o prefeito de Curitiba e candidato a reeleição Gustavo Fruet (PDT), seu candidato à vice Paulo Salamuni (PV), e a coligação Curitiba Segue em Frente a pagamento de multa no valor de aproximadamente R$ 50 mil por utilizar veículo de comunicação da Prefeitura para fazer campanha eleitoral. A representação foi proposta pela coligação Corrente do Bem, do candidato a prefeito Ney Leprevost (PSD). A alegação foi de que houve a manutenção, em período eleitoral, de propagandas institucionais nas páginas da Agência Curitiba e da Casa do Acantonamento, mantidas pela Prefeitura de Curitiba.

Acesso
A defesa da coligação de Fruet argumentou que as páginas eram de uso interno da Prefeitura de Curitiba e que o conteúdo exposto pela acusação estaria indisponível desde 30/06. O prefeito alegou ainda a existência de má-fé processual de Leprevost por ter sido utilizado meio de acesso ‘em cachê’ para acessar a publicação. O juiz rejeitou as alegações afirmando que a dúvida levantada pela defesa de Fruet foi embasada apenas em suposições, já que os prints juntados no processo, com ata notarial, descrevem o caminho utilizado para acessar diretamente o sítio eletrônico.

Voto consciente
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promove amanhã em Curitiba e outras capitais uma ação em que serão instaladas urnas eletrônicas em locais estratégicos onde os eleitores serão convidados a responder O que você quer melhorar na sua cidade? e Você sabe quem pode resolver isso?.