A gripe H1N1 já infectou 4.379 pessoas em 29 países, disse neste domingo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aumentando a contagem de doentes em quase mil pessoas de um dia para outro. A contagem da OMS tende a estar atrasada em relação aos números reportados pelos diferentes países, mas é vista como mais definitiva.


A agência da ONU disse que o México relatou 1.626 casos confirmados da doença, contra 1.364 no sábado, e repetiu que 45 pessoas já morreram nesse país do novo tipo de gripe que é uma mistura genética de vírus suínos, aviários e humanos.


O governo mexicano declarou que o pior já passou e afrouxou as restrições à atividade comercial e pública no país que está ao epicentro do surto.


A contagem mais recente da OMS elevou o número de casos confirmados da gripe nos Estados Unidos de 1.639 relatados no sábado para 2.254, enquanto o número de mortes relatadas continuou igual – duas.


Autoridades norte-americanas disseram no sábado que um homem morreu da nova gripe no Estado de Washington na semana passada, elevando o número de mortos nos EUA para três.


A OMS elevou o número de contaminados no Canadá de 242 para 280 e repetiu que uma pessoa morreu nesse país. De acordo com a organização, uma pessoa morreu em Costa Rica, que tem oito casos confirmados da doença.


Os países europeus com casos confirmados em laboratórios da OMS incluem a Espanha (93), Grã-Bretanha (39), Alemanha (11), Itália (9), França (12), Portugal (1), Irlanda (1), Holanda (3), Áustria (1), Dinamarca (1), Suécia (1), Suíça (1) e Polônia (1).


A OMS também confirmou os números de doentes em outras partes do mundo: Israel (7), Nova Zelândia (7), Brasil (6), Japão (4), Panamá (3), Coréia do Sul (3), El Salvador (2), Hong Kong, China (1), Guatemala (1), Colômbia (1), Argentina (1) e Austrália (1).


As evidências de que a doença, conhecida popularmente como gripe suína, já chegou a comunidades fora das Américas pode levar a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, a declarar uma pandemia plena.


Na semana passada Chan elevou o alerta global de pandemia ao nível 5 (de um nível máximo de 6), em resposta à difusão da gripe H1N1. O nível 5 indica a iminência de pandemia.


A OMS também repetiu a orientação de que as viagens internacionais não devem ser restritas em função do surto.