Um avião executivo Learjet 35 caiu por volta das 14h10 deste domingo após decolar do Campo de Marte, deixando pelo menos sete mortos na zona norte de São Paulo. Segundo o Coronel Paião, do 9º Batalhão da Polícia Militar, duas crianças estão entre as vítimas.
A aeronave havia acabado de decolar, com direção ao Rio de Janeiro, quando se inclinou totalmente para a direita e caiu, atingindo três casas da região, na Rua Bernardino de Sena.
Já foram retirados sete corpos do local, entre eles o piloto e o co-piloto do avião. Além disso, outras duas pessoas ficaram feridas, incluindo um menino de 12 anos.
A casa número 120 da Rua Bernardino de Sena, na Casa Verde, ficou completamente destruída. Na residência, moravam 12 pessoas, e, segundo a PM, pelo menos oito pessoas, incluindo um bebê, estavam na casa na hora da queda.
Fernando Simões, de 21 anos, um dos moradores da casa, tinha saído para ir ao supermercado e quando voltou viu a casa destruída pela queda do avião. Do lado de fora, uma menina foi arremessada para a rua com o impacto da queda do avião. Ela foi socorrida e levada para o Hospital do Mandaqui.
Segundo o Corpo de Bombeiros e vizinhos, no momento da queda, poderia haver de 8 a 10 crianças no local. Outras duas casas foram parcialmente danificadas.
Diversas equipes de policiais e bombeiros estão no local, procurando vítimas em meio aos escombros. Ainda há fumaça do incêndio provocado pela queda da aeronave. Segundo um vizinho, o avião não explodiu no momento da queda. Foram ouvidas 3 explosões após o impacto com a casa.
O mestre-de-obras John Wellington de Albuquerque Sousa testemunhou a queda do avião nesta tarde. Sousa trabalhava no telhado de uma casa na rua Maestro Antão, próxima do local atingido, quando viu o avião decolar do aeroporto Campo de Marte. Segundo ele, 30 a 40 segundos depois da decolagem o jato desviou de um edifício, inclinando para a direita, e não ouviu mais o barulho do motor, que teria parado de funcionar. O avião caiu de bico sobre a casa.
O jatinho tinha o prefixo PTOVC e pertencia à empresa Reali Taxi Aéreo, especializada no transporte de pacientes inter-hospitalares e órgãos para transplantes. Esse modelo de avião tem capacidade para até 8 passageiros, além do piloto e co-piloto.
Atualizado às 17h35