Os jornalistas gregos aderiram nessa terça-feira (18) à greve, cuja paralisação geral está marcada para amanhã. Sindicatos de várias categorias convocaram para esta quarta-feira (19) uma greve geral de 48 horas.

O protesto é uma reação ao pacote de austeridade elaborado pelo governo como resposta à crise econômica que o país enfrenta. As medidas incluem cortes no funcionalismo público, aumento de impostos e tarifas públicas.

O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, coordena as negociações com o Parlamento para a aprovação do pacote. Segundo ele, se as medidas não forem aprovadas até o próximo dia 23 – quando ocorre a reunião especial da União Europeia -,  os parceiros europeus rejeitarão a concessão de empréstimo para os gregos.

No entanto, os sindicatos se recusam a apoiar a proposta do governo. A taxa de desemprego na Grécia é  16,5%, em julho (o equivalente a 820 mil pessoas), um aumento de 0,5 ponto percentual em comparação a junho. Segundo analistas, a recessão no país aumenta gradualmente.

Porém, as entidades que representam várias categorias informam que os dados oficiais não correspondem aos números reais. Para os sindicatos, o número real de desempregados é mais elevado.

A comunidade internacional cobra da Grécia reações para reduzir o déficit público – que ultrapassa em três vezes o valor permitido pela União Europeia – e para diminuir a dívida pública calculada em 350 bilhões de euros.

A UE e o Fundo Monetário Internacional avisaram que a Grécia tem de promover reformas estruturais, uma exigência para a autorização do uso do fundo europeu de 110 bilhões de euros – que representa a principal forma de financiamento do Estado grego.