Por João Pedro Pitombo

SÃO PAULO, SP, 29 de março (Folhapress) – Em meio a notícias negativas para o governo na área econômica, a presidente Dilma Rousseff (PT) criticou hoje “julgamentos apressados” sobre a situação da economia brasileira e afirmou que o país seguirá “no rumo certo”, seguindo os principais fundamentos macroeconômicos.

“Não nos abalaremos com julgamentos apressados e com conclusões precipitadas que a realidade desmentirá. Em economia, a realidade dos fatos sempre se impõe”, afirmou.

A declaração foi dada no encontro anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), no complexo hoteleiro Costa do Sauípe (85 km de Salvador), numa plateia formada por investidores e representantes de governos estrangeiros.

Na última segunda-feira, a agência S&P (Standard & Poor’s) reduziu a nota do Brasil de BBB para BBB-, o menor nível no patamar de grau de investimento, ou seja, de mercado considerado seguro para se investir.

Sem fazer referências ao rebaixamento da nota, a presidente ainda afirmou que “em alguns momentos, interesse políticos podem obscurecer a visão os fatos”. E disse que governo brasileiro “continuará a agir para manter o país no rumo certo”.

Dilma ainda fez uma defesa enfática dos pilares macroeconômicos de seu governo, afirmando que vai preservar a solidez destes fundamentos na condução da economia brasileira. “Assumimos esta tarefa como um compromisso inarredável”, disse a presidente.

“Ascensão social

Num discurso de cerca de 25 minutos, a presidente destacou os avanços do Brasil na redução das desigualdades, ascensão do consumo e crescimento econômico nos últimos 11 anos – período no qual o PT está à frente da Presidência da República.

“Foi nesta década que nos tornamos a sexta maior economia do mundo e que conquistamos a estabilidade macroeconômica”, disse a presidente.

A presidente reiterou o discurso de ascensão social, afirmando que o Brasil retirou 36 milhões de brasileiros da extrema pobreza. E enfatizou o período do seu governo ao dizer que que, deste total, 22 milhões de pessoas saíram da pobreza nos últimos 3,5 anos.

Dilma ainda disse que o Brasil tem “uma novo desafio histórico”, de atender os anseios da população brasileira surgidos com a redução das desigualdades.

“Sabemos que democracia gera desejo de mais democracia. Inclusão social provoca a necessidade de mais inclusão. E qualidade de vida gera anseios por mais qualidade de vida.”