SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O caso dos nadadores norte-americanos que forjaram um assalto durante a Rio-2016 traz à tona outro caso envolvendo norte-americanos e a Justiça brasileira: o do jato Legacy.
O processo criminal do caso do jato, envolvido no acidente com o Boeing 737 da Gol, em setembro de 2006, na Serra do Cachimbo, no Mato Grosso, também chamou a atenção da mídia estrangeira pela presença de norte-americanos.
Os pilotos do jato, os norte-americanos Joseph Lepore e Jean Paul Paladino, foram condenados em 2011 a quatro anos e quatro meses de reclusão em regime aberto, mas não cumpriram a pena até agora. Em 2012, a Justiça reduziu a pena para três anos e um mês.
Em 2014, o Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva e a extradição dos pilotos para o Brasil, além da inclusão dos nomes dos dois pilotos na lista de foragidos da Interpol.
Na época do acidente, o jornalista norte-americano Joe Sharkey, um dos passageiros do voo Legacy, escreveu um relato polêmico para o “New York Times”, chamando o espaço aéreo brasileiro de “zona” e culpando o sistema de controle de tráfego aéreo pela queda dos aviões. Ele acusou as autoridades brasileiras de “lutarem para se eximir da culpa”.
A paranaense Rosane Amorin Gutjarh, viúva de um dos mortos do voo da Gol, processou o jornalista por danos morais e ganhou uma indenização de R$ 50 mil.
Já os nadadores Ryan Lochte, Jimmy Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger, envolvidos no incidente durante a Rio-2016, acabaram desmentidos pelas investigações da polícia do Rio.
Lochte publicou nesta sexta (19) um pedido de desculpas em suas redes sociais. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos também se pronunciou após o constrangimento. O comitê organizador da Rio-2016 afirmou que aceitaria os pedidos de desculpa.