O déficit da balança comercial brasileira teve redução: com o resultado das duas primeiras semanas de novembro, o saldo negativo acumulado do ano agora é de US$ 913 milhões. Ao fim de outubro, o déficit acumulado no ano era de US$ 1,832 bilhão, o pior resultado desde 1998. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira, 11, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Em novembro até dia 10, a balança apresentou superávit de US$ 916 milhões, resultado de US$ 6,116 bilhões de exportações e de US$ 5,2 bilhões de importações. O governo publicou nesta segunda os dados da primeira semana do mês, que vai de 1º a 3 de novembro, e registrou déficit de US$ 58 milhões. Também foram divulgados os números da segunda semana, que vai de 4 a 10 de novembro, e apresentou superávit de US$ 974 milhões. A média diária das exportações brasileiras até a segunda semana de novembro, que ficou em US$ 1,019 bilhão, caiu 0,4% na comparação com o resultado do mesmo período do ano passado, que foi de US$ 1,024 bilhão.

A média diária das exportações brasileiras até a segunda semana de novembro, que ficou em US$ 1,019 bilhão, caiu 0,4% na comparação com o resultado de igual período do ano passado, que foi de US$ 1,024 bilhão.

Essa queda, segundo o MDIC, se deve à redução de 16,1% nas vendas de produtos manufaturados (principalmente devido a óleos combustíveis, etano, bombas e compressores, autopeças, tratores e suco de laranja não congelado) e à retração de 11,5% nas vendas de semimanufaturados (principalmente devido a semimanufaturados de ferro/aço, borracha sintética, celulose, ferro-ligas e açúcar em bruto).

Só apresentou crescimento no período a exportação de produtos básicos, de 18,9%. Os principais responsáveis por esse aumento foram soja em grão, fumo em folhas, minério de cobre, petróleo em bruto, farelo de soja, carne de frango e bovina e minério de ferro.

Compras

A média diária das importações em novembro, até a segunda semana, foi de US$ 866,7 milhões. Esse resultado ficou 16,1% abaixo da média do mesmo período do ano passado, que foi de US$ 1,033 bilhão. Segundo o governo, caíram as compras principalmente de combustíveis e lubrificantes, em 56,9%, adubos e fertilizantes, em 41,5%, borracha e obras, em 11,4%, veículos automóveis e partes, em 11,3%, e equipamentos mecânicos, em 9,5%.