Edilson de Souza


Quando fizemos críticas, no início da temporada, com relação à qualidade técnica dos nossos elencos, por mais que tivesse soado como um ato descortês, palavras pessimistas, os comentários serviam apenas como um alerta.
Os “conselhos” não foram ouvidos devido a diversos fatores. Um deles, a falta de fluxo de caixa para contratar e assim melhorar o nível dos elencos. Outro, pelo fato de os seus gestores serem profundos conhecedores de futebol e os comentários externos serem de pronto rechaçados. Há uma dificuldade muito grande de aceitar as nossas próprias fraquezas e seria impossível dar ouvidos a reles palpiteiros de futebol.
Afinal, quem de nós, atuais conhecedores de futebol, os comentaristas esportivos, cronistas de jornal, locutores esportivos sabem mais de futebol do que eles, os chamados profissionais da bola? Para eles, quem comenta futebol não passa de mero corneta.
Contudo, quantas e quantas vezes, pelas nossas andanças pelo mundo da bola, vemos jogadores de qualidade que poderiam ser muito úteis para nossas equipes? Porém, há um visível descaso nessas observações. Eles preferem um contato muito mais comercial com empresários que lotam de verdadeiros bondes os clubes, enchem as prateleiras de jogadores desprovidos de qualidade técnica e principalmente sem a devida saúde para praticar futebol, mas que darão ao longo dos tempo lucro para alguém.
O resultado está aí para quem quiser ver. Foram três rodadas e nenhuma vitória. É óbvio, ainda é muito cedo para fazer qualquer tipo de prognóstico e a chance de erro será muito grande por ser o futebol um esporte recheado do imponderável. A única certeza que os palpiteiros têm — aliás, desde o início da temporada — é que com esses elencos os nossos clubes lutarão para não serem rebaixados de suas respectivas divisões.




Gabriel Barbosa


Lanterna
Três rodadas já mostraram que esse Brasileirão não será diferente dos últimos anos para a torcida atleticana. Sofrimento, angústia e jogadores descompromissados refletem a posição do clube no campeonato. Depois de estar ganhando de 2 a 0, como pode deixar a virada do adversário?
Como Geninho pode colocar a culpa nos jovens, se são eles que estão jogando bem? O que nosso treinador deveria fazer é cobrar dos “medalhões”, que ganham salários altos e não correspondem dentro de campo. Há quanto jogos Marcinho não joga nada? O que leva Rafael Moura a brigar com o gandula, se não é ele que cobra lateral? A função de atacante é outra; Ou não? Ou nesta semana chegam jogadores de gabarito para o clube ou a torcida já pode se preparar para o pior. Só não enxerga quem não quer.

Chuteiras
Depois da eleição no Atlético, a atual diretoria priorizou as chuteiras. O título estadual veio como obrigação. E o Brasileirão será até o final do ano. Até lá a torcida ficará sofrendo novamente?
Quanto arrecada por mês com a mensalidade dos sócios? Não poderíamos fazer um esforço e contratar?
Agora que a Copa do Mundo já está quase certa para a cidade de Curitiba, não poderia antecipar o patrocinador?
São perguntas que ficam agonizando na cabeça do torcedor atleticano. Ou muda ou mudamos nós!


Mesmo na lanterna, a torcida estará presente no Rio de Janeiro contra o Flamengo. Sempre ao lado do Furacão, independente de enxergarem ou não.
Um Ultra abraço!






Luiz Carlos Betenheuser Junior


Jogo difícil
O Coritiba tem um dificílimo jogo contra o Internacional, amanhã, em Porto Alegre. O desempenho do time gaúcho em casa, com 96% de aproveitamento, é algo impressionante na temporada. O colorado joga firme na zaga, fecha o meio-campo com seus volantes e libera os laterais para o ataque. Seu meia argentino precisa ser marcado de perto pelo Leandro Donizete, pois ele é o mentor intelectual das jogadas ofensivas da dupla de ataque.
Será um duelo complicado para o Coxa. Tratar o jogo como ele será, uma “guerra” no gramado, é fundamental para voltar para casa com um resultado interessante. Duas características precisam ser adotadas pelo Coritiba neste jogo: ter alma guerreira e também atacar.
A decisão será no Alto da Glória, mas o Coriiba precisa ter estratégia e muita força de vontade, lutar até o fim. Como um dia foi feito no Mineirão, contra o Galo, em 1985.
Coritiba, a torcida que nunca abandona





David Formiga


A bem da verdade…
O América-RN, mesmo com atletas rodados e de algum “nome”, é tão sofrível que estava na zona de rebaixamento. E, antes do jogo de sexta-feira, tinha feito apenas um gol e sofrido três. O Paraná (que até essa partida não tinha marcado) não é freguês do América, mas sim de quem o gere de forma lamentável.
Zetti, com o limitado material humano que dispõe, conseguiu encontrar uma formação interessante no 4-4-2. Embora tivesse levado sufoco nos minutos iniciais, foi para cima do oponente, abriu o placar e, mesmo tendo sofrido dois gols em duas infelicidades, conseguiria facilmente virar a partida na segunda etapa caso mantivesse a mesma formação e atitude. Mas Zetti sem Silas (o efetivo treinador em 2007) é como a Jane sem o Erondi.
Não se coloca um defensor a mais para “liberar” os alas estando em desvantagem no placar, num campo encharcado. Aderaldo é aquele que todos conhecem. A prova disso ocorreu em seu primeiro lance.
Se o treinador tem coerência com a proposta que assumiu após descaracterizar o trabalho que fez toda a semana no 4-4-2, colocando um 3-5-2 para tentar “ganhar o jogo” em tomando o terceiro gol, não se tira o lateral. Não se lança uma novidade (Malaquias) que não se conhece em jogo oficial.
O elenco do Paraná é caro para a Segundona. Se não conseguir ir para a primeira divisão ainda em 2009, não terá caixa para manter a equipe ou mesmo contratar para tentar subir em 2010. Isso é fato, e os dirigentes sabem bem disso.
Há nove partidas o time não vence, está na zona de rebaixamento, fez apenas um gol na segundona, é o “segundo elenco” do ano e nada ainda de resultados.
Mudam-se treinadores e jogadores e nada ocorre. Seria absurdo imaginar que o problema reside em quem insiste em permanecer? Enquanto eles seguem, o time tem um ponto em nove possíveis.
Teu destino é vitória!