Os petroleiros aceitaram em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (23) a proposta apresentada pela Petrobras e assim chega ao fim a greve no estado do Paraná. As assembleias que decidiram pelo fim da paralisação foram feitos em frente a todas as unidades representadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), em Curitiba e nas regionais sindicais de Paranaguá, São Mateus do Sul e Joinville.

Os grevistas aceitaram a proposta da Petrobras após a empresa garantir por escrito que não haverá retaliações. Na madrugada desta quarta-feira (23), foi apresentada uma nova redação, na qual a estatal se comprometeu a não punir os trabalhadores em greve.

Com a greve, os petroleiros conseguiram reajuste de 8,56% na RMNR, que significa um ganho real entre 1,82% e 2,33%. Antes, a empresa propunha reajuste de 7,68%. Também foram conquistados avanços importantes para os aposentados e pensionistas, como o atendimento do pleito histórico da FUP de isonomia dos três níveis salariais recebidos pela ativa nos acordos de 2004, 2005 e 2006. Antes da greve, a proposta da Petrobrás era de remeter essa reivindicação para uma comissão se posicionar em 180 dias. A nova proposta garantiu o pagamento dos níveis para todos os aposentados e pensionistas com ações transitadas em julgado.

Em nota, a FUP informou ainda que a greve foi preponderante para sepultar de vez o famigerado GD, uma das heranças malditas da era FHC. A nova proposta atende a um pleito antigo do movimento sindical de avanço automático de Pleno para Sênior, nas carreiras de nível médio, nos mesmos moldes praticados para os trabalhadores Júnior.

Outra conquista importante, principalmente para os aposentados e pensionistas, é a reformulação do benefício farmácia, que passará a custear integralmente os medicamentos para todos os petroleiros, inclusive das subsidiárias. Em contrapartida, os beneficiários terão um desconto fixo mensal com valores entre R$ 2,36 e R$ 14,17, de acordo com a faixa de renda.