O Instituto de Criminalística confirmou na tarde desta quinta-feira (07) que as duas pistolas apreendidas pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) na investigação do assassinato do casal Bernardo Dayrell Pedroso, 24 anos, e Renata Waeschter Ferreira, 21, são as armas utilizadas no crime.

“Com a confirmação desse laudo, a reconstituição do crime e a prisão dos envolvidos, a nossa investigação chega à fase final. Já temos provas suficientes para indiciar as seis pessoas presas”, afirma o delegado do Cope, Francisco Caricati.

Os seis suspeitos presos pelo Cope continuarão detidos, agora em caráter preventivo.

Segundo o delegado Caricati, os suspeitos estavam detidos em caráter temporário até quarta-feira (06), quando a Justiça decretou a prisão preventiva deles, o que impede que os suspeitos fiquem em liberdade.

O inquérito do assassinato do casal deve ser entregue nos próximos dias, porém as investigações do Cope continuam em torno do movimento neonazista do qual eles participavam.

De acordo com o delegado Caricati, o grupo pode ser enquadrado pela lei 7716/89, que prevê pena de 1 a 5 anos para quem discriminar qualquer raça, religião, etnia ou procedência nacional.

CRIME – No dia 20 de abril, Bernardo e Renata estavam em uma festa organizada por eles em comemoração aos 120 anos de Adolf Hitler. Em determinado momento, atraídos por Rosana, eles deixaram o local e foram até Curitiba. Depois de deixar Rosana em casa, o casal, acompanhado do namorado dela, Gustavo, foram a um mercado e, e em seguida, retornaram à festa.

Em determinado momento do trajeto, Gustavo solicitou que eles parassem o carro. Assim que isso foi feito, um carro que os seguia, e era ocupado por Rodrigo, João Guilherme e Jairo, também parou. Os três desceram encapuzados, abordaram Bernardo e Renata e atiraram contra os dois. Em seguida, os quatro voltaram para Curitiba e se dispersaram.

“Todo o plano foi combinado antes. Cada um tinha um papel no assassinato do casal e todos estavam se comunicando o todo o tempo para que nada desse errado”, explica Caricatti.

De acordo com a polícia, todos os presos vão responder por homicídio qualificado e por formação de quadrilha e podem ser condenados a até 72 anos de reclusão.