Em julho e agosto, quando o verão dá as caras no Hemisfério Norte, os franceses põem as manguinhas de fora e se deixam esticar nas espreguiçadeiras, torrando ao sol… à beira do Rio Sena. É a Paris Plage, praia artificial instalada anualmente, desde 2002, no coração da cidade.

Para os brasileiros, a imagem dos parisienses branquelos suando na estreita faixa de areia em busca de um bronzeado, em meio a um cenário composto por palmeiras transplantadas sabe-se lá de onde, na certa desperta um sorrisinho irônico. Parece uma versão, très chic, bien sûr, do Piscinão de Ramos, na periferia do Rio. E não é que o povo adora? O evento atrai milhões de pessoas ao longo dos dois meses. Ninguém nem liga se para se refrescar, em vez do banho de mar, tem de cair mesmo é na piscina.

A descontração é tamanha que rola até topless em plena capital francesa, às margens do tradicional Sena. Aliás, rolava: a prática foi proibida em 2006, assim como o provocante fio dental Mas o fato é que a idéia acabou emplacando, e outras capitais européias entraram na onda da praia artificial parisiense: Berlim, Bruxelas, Praga, Budapeste… Em Copenhague, o piscinão dinamarquês ganhou até o impagável nome CopenCabana.