O senador Alvaro Dias (Podemos) cobrou que o governo faça as reformas necessárias para o país e ressaltou a necessidade de o Congresso assumir um papel maior de protagonista. “O grande problema que estamos vivendo, num regime presidencialista de muito poder, é a ausência de um projeto de nação”, afirmou o parlamentar. Para o líder do Podemos, o Congresso tem que assumir uma postura de liderança na iniciativa das propostas.

Reformas
Alvaro destacou a necessidade de se realizar as reformas essenciais para o Brasil voltar a crescer. Segundo ele, a reforma da Previdência enviada pelo Executivo ao Congresso é necessária, mas não é suficiente. “E as outras reformas? Não podemos ficar esperando. O Brasil já esperou demais, é hora de avançarmos. E o Congresso pode sim adotar providências, assumir o necessário protagonismo e liderar esse processo de reformas”, disse.

Educação à distância
A Assembleia Legislativa promove amanhã uma audiência pública para discutir a criação de um limite máximo de 20% da carga horária dos cursos de graduação na área de saúde pela modalidade de Ensino a Distancia (EAD). A iniciativa é do deputado Michele Caputo (PSDB). “Não sou contra o ensino a distância, mas contra a distância do ensino”, afirma o parlamentar.

Presença
Ainda de acordo com Caputo, instituições de ensino paranaenses oferecem cursos com 100% na modalidade a distância. “Foram identificadas mais de um milhão de vagas nos 14 cursos da área da Saúde”, pondera. Ele esclarece que o ensino a distância facilita o acesso da população aos cursos técnicos e de graduação. Mas “pode também prejudicar a formação de profissionais da saúde, sabendo que estes devem, desde a sua formação, atuar de forma direta com os pacientes”.

Temperatura
O anúncio feito pelo governo de que não haverá reajuste salarial para os servidores públicos estaduais deve esquentar os debates da semana na Assembleia. Uma das questões que deve mobilizar os parlamentares é se a Casa vai manter o reajuste zero também para os funcionários dos demais poderes: Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas, como previu o líder do governo, deputado Hussein Bakri (PSD). Ou se a pressão desses poderes levará os deputados a adotarem um tratamento diferenciado, deixando apensas os funcionários do Executivo sem reposição.

Vaza Jato
A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) divulgou nota desmentindo informação divulgada pelo colunista da rádio Band News, Reinaldo Azevedo, em parceria com o site The Intercept Brasil, segundo a qual, a operação teria excluído a procuradora Laura Tessler da audiência que ouviu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo do tríplex do Guarujá, após sugestão do então juiz do caso e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro.

Sistemática
De acordo com o texto, a procuradora integra a Lava Jato desde 2015, “e segue responsável por diversas investigações e ações criminais, realizando todos os atos processuais necessários, incluindo audiências”. Segundo o MPF, “não houve qualquer alteração na sistemática de acompanhamento de ações penais por parte de membros da força-tarefa”. Ainda segundo a nota, os procuradores Júlio Noronha e Roberson Pozzobon, que participaram em 10 maios de 2017 do interrogatório de Lula na ação penal sobre o triplex no Guarujá “foram os mesmos que estiveram presentes nas principais medidas investigatórias do caso”.