De abril de 2005 até 23 de abril de 2011, a Prefeitura de Curitiba terá pago cerca de R$ 550,6 milhões na coleta e destino do lixo da Capital. Os números estão no Diário Oficial do Município de janeiro a agosto, e foram apresentados por um site especializado na área. Esse período corresponde ao contrato com a empresa Cavo, que ganhou a licitação 01/2004 promovida pela Prefeitura em 2004, e começou a operar no ano seguinte. Quando venceu a licitação, a empresa fez a proposta de R$ 353,1 milhões. O edital trazia o valor máximo total da contratação de R$ 362.148.546,16.
A diferença dos valores é que entre o que foi proposto pela Cavo e o que será pago pela Prefeitura até o ano que vem de instrumentos públicos, chamados de Termos de Aditamentos, que tendem a compensar ou equilibrar as contas em relação ao lixo recolhido. Como comparação, o volume de lixo recolhido em Curitiba e enviado ao aterro da Caximba aumentou 24% nos últimos cinco anos. Passou de 1.450 toneladas para 1.800 toneladas/dia.. Isso é mais da metade dos mais de 2,4 mil toneladas que a Caximba recebe diariamente da Região Metropolitana.

O site mostra extratos dos aditivos publicados no Diário Oficial do Município. Um deles mostra o aditivo de prorrogação do prazo de vigência da Concorrência Pública até 23 de abril de 2011. O aditivo tem data de 17 de março deste ano, no valor de R$ 93,7 milhões. Vale lembrar que o processo de concessão da coleta do lixo de 2004 precisou de cerca de 15 meses para entrar em vigor por questões judiciais de outras empresas que recorreram na época.
Um outro aditivo de maio de 2010 tem valor de R$ 6,9 milhões. Em 30 de abril, o aditivo 15561/18 também alterava valores do edital no valor de R$ 3,3 milhões. Fora outros valores menores contratados para prestação de serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) e de coleta e destinação de animais mortos.