O Grupamento Aéreo da Secretaria de Segurança Pública (Graer) e o Corpo de Bombeiros estão treinando equipes de guarda-vidas da Operação Verão para usar um novo equipamento no salvamento de vítimas de afogamento no mar ou em outros locais onde helicópteros não possam pousar ou se aproximar do solo. O chamado sling é uma espécie de cinto acolchoado, feito de material resistente, que é fixado ao guincho do helicóptero para a retirada do guarda-vidas e de vítimas conscientes do local.
O sling é mais versátil que o puçá (cesto em forma de rede) e dá mais agilidade e rapidez a um salvamento. É de uso fácil e ocupa pouco espaço no helicóptero, disse o piloto e comandante do Graer, coronel Orlando Artur da Costa. Segundo ele, como o cinto é um pouco desconfortável, a utilidade do sling é maior para casos de resgate em locais próximos às unidades de atendimento a vítimas. Para trajetos mais longos, o puçá ainda é a melhor solução.
O sling é colocado pelas costas das vítimas, passando pelas axilas e saindo para frente e para cima, em frente ao rosto da vítima. Um segundo cinturão envolve o tórax e encaixa-se a um grampo de segurança. As duas partes unem-se acima da cabeça e são presas por um anel metálico (mosquetão) fixado ao gancho do guincho da aeronave. Ao ser içada, a vítima deve ser orientada a manter os braços flexionados para baixo, aumentando ainda mais sua segurança.
O capitão Dorico Borba, que comanda a subárea de Pontal do Paraná, com sede no balneário de Santa Terezinha, afirmou que o objetivo do treinamento é adaptar os guarda-vidas para a saída da aeronave e para a abordagem das vítimas com esse equipamento, que é mais prático para o uso diário. O treinamento já foi ministrado para grupos de salva-vidas em Guaratuba, Matinhos e no balneário de Santa Terezinha, em Pontal do Paraná.