Dados da Vigilância Epidemiológica de Araucária revelam que o número de casos registrados de sífilis tem crescido no município. De acordo com os dados, só no 1º trimestre de 2013, foram registrados 11 diagnósticos de sífilis congênita, enquanto em 2012, durante todo o ano, foram registrados oito casos confirmados.

A sífilis congênita é quando a transmissão se dá via placenta, ou seja, o bebê é infectado ainda na barriga da mãe. De uma forma geral, os números referente a sífilis congênita tem crescido no Brasil, hoje a média é de 3,3 crianças que já nascem com sífilis para cada mil nascidos vivos. Em Araucária esse número é ainda maior: 6,5 para cada mil. A meta do Ministério da Saúde é de que esse número seja reduzido para menos de 1 para cada mil.

O número de sífilis entre as gestantes do município também assusta, só nesse primeiro trimestre foram registrados 13 casos, sendo que no ano passado o total foi de 15.  A maior parte das gestantes são assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas de sífilis. Por isso é importante fazer um bom pré-natal, para que a doença seja descoberta e tratada.

De acordo com a coordenadora do Serviço de Orientação à Aids/DSTs (SOA), Cleonice Aparecida de Oliveira, a sífilis é uma doença de fácil tratamento, o problema é quando o diagnóstico é tardio. “Quando a doença passa despercebida e evolui, os ‘estragos’ são irreparáveis e pode levar a morte. No caso das gestantes, além do bebê poder pegar (sífilis congênita), pode haver má formação, problemas neurológicos, retardo mental, cardiopatias, cegueira, entre outros problemas como aborto e morte fetal”.

Em Araucária, todas as Unidades Básicas de Saúde e o SOA oferecem o teste rápido para sífilis, aids e hepatite. O teste é gratuito e sigiloso, qualquer pessoa que teve relação sexual desprotegida (sem camisinha) deve procurar atendimento.