Estudos realizados em Taiwan e na Austrália mostram que o Tai Chi Chuan garante uma vida mais saudável para quem tem diabetes tipo 2. A doença é caracterizada pela não produção de insulina ou pela incapacidade de o organismo aproveitá-la mesmo quando produz. A insulina é uma substância fabricada pelo pâncreas para controlar os níveis de açúcar no sangue. Quando o organismo não fabrica insulina suficiente ou tem problema para usá-la, as células não absorvem o açúcar do sangue, resultando em altas taxas de açúcar no sangue.

Durante as pesquisas, mais de 30 pessoas passaram por sessões diárias da arte marcial chinesa durante 12 semanas. No final desse período, elas estavam com o sistema imunológico fortalecido e com índices de glicose no sangue diminuídos.
De acordo com a professora de yoga e Tai Chi Chuan do Gaya Yoga Spa, Arlene Machado, a arte marcial chinesa pode ser um grande benefício para diabéticos por combinar movimentos suaves com respiração, produzindo sensação de bem-estar e inibindo o estresse. “Em situações de estresse, hormônios resistentes à insulina, como, por exemplo, o cortisol e a adrenalina, são produzidos. A atividade oriental, além de relaxar, não tem contra-indicações, e é indicada para pessoas de todos os sexos e idades, pois não se trata de força ou resistência, e sim de fluxo de ação. Além disso, já é comprovado que o Tai Chi também tem como efeitos conhecidos a melhoria da função cardíaca e pulmonar. Sem contar que representa um exercício e ajuda também no controle do peso, muito importante para os diabéticos”, completa Arlene.
Cuidados com a alimentação.

Segundo a nutricionista Teresina Mendes dos Santos, perder peso ajuda os diabéticos de duas formas distintas: “A primeira é que abaixa a produção de cortisol, ou seja, diminui a resistência à insulina. Isso permite que a insulina baixe o nível de glicose com um melhor desempenho. A segunda é que melhora os níveis de gordura e a pressão do sangue”, explica.

A especialista conta que é importante não só perder peso, como também mantê-lo. “Para que isso aconteça, cada paciente deve consultar um profissional para montar uma dieta ideal e individualizada. Mas, o diabético deve saber que o cardápio deve conter fibras, encontradas em frutas e verduras. O carboidrato é o nutriente que mais aumenta a glicemia, portanto, deve ser ingerido com moderação. Uma dieta balanceada minimiza futuros problemas, como neuropatia diabética e infarto do miocárdio”, completa Teresina, lembrando que exercícios físicos são fundamentais para manter o peso ideal. Mais informações: 3013-1115