Tcheco, 47 anos, foi apresentado nessa segunda-feira (dia 19) como novo técnico do Paraná Clube. Em entrevista coletiva, o ex-jogador elogiou o trabalho da atual diretoria e explicou por que recusou propostas de clubes das Séries C e D do Campeonato Brasileiro para trabalhar na segunda divisão do Campeonato Paranaense. Um dos motivos, segundo ele, foi a saída de empresários do departamento de futebol.
“Assim que surgiu a oportunidade com o clube, o que me chamou atenção foi primeiro essa organização. Isso é muito importante. Na minha opinião, o clube está mais organizado do que em 2017, para o acesso à Série A (do Brasileirão), por incrível que pareça”, disse Tcheco. “E a segunda questão é que o clube era envolvido com empresários. Eu não tenho nada contra empresário que está envolvido dentro de clube. Mas pra mim é muito difícil de dar certo essas parcerias, porque geralmente os empresários estão com certos interesses”, afirmou.
Sobre a formação do elenco, Tcheco explicou. “Hoje a gente está dando a cara a tapa para tentar convencer alguns atletas a vestir essa camisa e reerguer esse clube. É claro que a gente vai encontrar algumas dificuldades. Provavelmente não vamos trazer aqueles que os torcedores gostariam, porque é a dificuldade do nosso calendário. Os atletas têm todo o direito de aí não pensar na camisa e sim no financeiro, mas mesmo assim a gente entende que pode trazer alguns jogadores de nível de Série B e até de Série A. A gente está já em conversa, vai do nosso convencimento”, disse.
Outro fator, segundo Tcheco, é o planejamento do clube para não atrasar salários. “Essa questão financeira também. Ela é muito importante, em que o clube apresenta um plano financeiro para honrar o orçamento até o final do campeonato. Para os atletas, isso também é importante. Você trabalhar com folhas atrasada, é difícil a coisas encaminha. E com muita cautela o clube está vendo essa questão da SAF, que eu acho que para o Paraná Clube ela é iminente”, declarou.
Tcheco também fez um apelo para que empresários paranistas voltem a ajudar o clube. “Esse é momento mais difícil da história do clube. Que os empresários paranistas que gostam desse clube, que se afastaram por vários motivos, que voltem agora novamente aqui”, disse.
Formado nas categorias de base do futsal e do campo do Paraná Clube, Tcheco ficou 14 anos dentro do Tricolor da Vila Capanema. Agora como treinador, ele disse estar emocionado no seu retorno. “Realmente é onde eu me sinto em casa, é onde tudo aconteceu, tudo começou e hoje eu me sinto muito honrado e privilegiado de estar como técnico do clube”, comentou. “Estou emocionado. Por exemplo, quando eu cheguei, fiquei emocionado lá na Kennedy e entrei no ginásio. Senti o cheiro do que foi minha infância, de ver o social do clube também. E me sinto emocionado aqui de estar na sala de imprensa, que se chama Caio Júnior. Tive o prazer de ser pentacampeão jogando com ele”, declarou. “Aqui a gente não tem como prometer resultados e acesso imediato, mas certamente a gente tem como prometer honrar grandes treinadores que, por exemplo, eu peguei aqui no clube como jogador se o Rubens Minelli, Lazaroni, Antonio Lopes e o próprio Caio Júnior”, disse.
