Indignado com a aprovação da mensagem do Executivo que autoriza o governador Roberto Requião (PMDB) a extinguir e criar cargos comissionados através de decreto, sem autorização do Legislativo, o deputado Luiz Carlos Martins (PDT) partiu para o ataque. “Daqui a pouco, vem um decreto proibindo a Assembléia de investigar os escândalos dos televisores mais caros do mundo”. O líder do governo, Luiz Claúdio Romanelli (PMDB) reagiu. “Amanhã, o Martins vai ter um debate comigo sobre esta história dos televisores”.


Televisores (II)
Os tais televisores também foram assunto da escolinha do governo. O secretário de Estado de Educação, Maurício Requião, enfurecido, como a maioria das vezes, fez novas críticas à imprensa por dar cobertura ao assunto. Desta vez, no entanto, mirou na reportagem de uma rádio. O secretário chegou a sugerir que as concessionárias de pedágio estavam pagando a rádio questionar a regularidade da compra, mediante pregão eletrônico, de 22 mil aparelhos de televisão para as escolas da rede pública de ensino. Determinaram até inquérito policial para apurar o caso. Mania de perseguição, é pouco.



TV Assembléia
O presidente da Assembléia, deputado Nelson Justus (PFL) assinou, na tarde de ontem, contrato de aproximadamente US$ 1,5 milhão com a GW Produções, que será responsável pela implantação da TV Assembléia.


Bactéria
O líder da bancada peemedebista, deputado Valdir Pugliesi se irritou ontem ao comentar os pedidos de informações da oposição para esclarecer possíveis irregularidades no governo Requião. “Não estamos em um programa de televisão ou em uma pegadinha. Tem muita gente que quer parecer com penicilina, mas é bactéria”.


Ferrenho defensor
A discussão sobre a mensagem do governo acabou gerando conflitos entre os deputados. A certa altura, Jocelito Canto (PTB) disparou contra a bancada do PT. O deputado Tadeu Veneri (PT) não deixou por menos. “Estranho o comportamento do Jocelito. Logo ele que nos últimos anos foi ferrenho defensor do governador”.


Vias de fato
A confusão na sessão de ontem na Assembléia chegou ao auge quando o deputado Stephanes Júnior (PMDB) pediu a palavra e largou: “Saiu hoje em todos os jornais uma pesquisa que revela que 30% da população considera os políticos do PT os mais corruptos”. O deputado Péricles de Mello (PT) queria partir para as vias de fato, mas foi contido pelo peemedebista Alexandre Curi.


Justificativa
A deputada Luciana Rafagnin (PT) utilizou ontem a tribuna da Assembléia, para lembrar que sempre defendeu a aprovação do projeto que reduziu o recesso parlamentar de 90 para 55 dias e a emenda que acabou com o pagamento por convocações extraordinárias. A petista, conforme informou a matéria publicada no último dia 8 pelo Jornal do Estado, compareceu a sessão onde as duas medidas foram aprovadas mas estava ausente no momento da votação. “Tinha agenda no Oeste e Sudoeste do Paraná, onde estava cuidando dos preparativos para a comemoração do dia da mulher. Sempre fui favorável a redução do recesso e ao fim de pagamento por convocações extraordinárias”. Ficam as perguntas: Por que a deputada demorou tanto para se manifestar sobre reportagem publicada há quase uma semana? Se defendia a aprovação das propostas, por que deu preferência a organização dos festejos?


Em alta
Os deputados mantiveram ontem o veto do governador ao projeto de lei do petista Tadeu Veneri, que pretendia estabelecer penalidades a prática de assédio moral nas dependências da administração pública estadual direta e indireta.


Em baixa
Os vereadores criticaram ontem o embargo do governo do Estado à Prefeitura. “Parece birra do governador, como se fosse um menino, que descontente com o jogo, pega a bola e vai embora”, disse o vereador Tico Kusma.