Em nota divulgada na tarde de sábado, o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), atribuiu o tumulto no casamento de sua filha, deputada estadual Maria Victória (PP), na sexta-feira à noite, no largo da Ordem, em Curitiba, a partidos e sindicatos de esquerda, motivados, segundo ele, pela pré-candidatura de sua esposa, a vice-governadora Cida Borghetti (PP), ao governo do Estado nas eleições de 2018. Cerca de 200 manifestantes fizeram um protesto em frente ao Palácio Garibaldi, onde aconteceu a cerimônia.

Preço
Tudo transcorreu dentro da normalidade na cerimônia religiosa e na recepção aos convidados. Apenas o trajeto que os noivos fariam a pé, da Igreja do Rosário ao Palácio Garibaldi, foi alterado pela ação dos manifestantes, avalia a nota, assinada pelo ministro, a mulher e a filha. Lamentamos as agressões físicas e verbais a alguns convidados, porém é o preço da democracia. A pré-candidatura de Cida Borghetti ao Governo do Paraná foi a motivação dos protestos incentivados e financiados pelos partidos e sindicatos de esquerda, alegou o ministro.

Tropa de choque
Quando os convidados tentaram sair da Igreja do Rosário para subir o Largo da Ordem rumo ao Palácio Garibaldi, acabaram hostilizados. Policiais se posicionaram em frente à Igreja e ao Palácio. Muitas coisas foram arremessadas – inclusive ovos. A fachada da igreja e a calçada na frente ficou uma sujeirada. A noiva saiu chorando da igreja, às 20h50. Os manifestantes também protestaram em frente ao Palácio Garibaldi. Segundo testemunhas, às 21h10 os noivos e todos os convidados já estavam dentro do palácio. Segundo a assessoria da PM, a presença dos policiais foi ocasional, devido à Operação Hermes, que visa aumentar a segurança em ruas do centro de Curitiba. Até a tropa de choque da Polícia foi chamada para garantir a segurança no Largo da Ordem.

Amputação
A Universidade Federal do Paraná divulgou nota criticando a proposta do deputado federal Sérgio Souza (PMDB), que prevê a criação da Universidade Federal do Oeste do Paraná (UFOPR) a partir da desagregação da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e da incorporação de dois campi da UFPR (em Palotina e em Toledo). A reitoria da UFPR se disse surpreendida pela proposta, afirmando jamais ter sido consultada sobre o assunto. A instituição disse ver com consternação e indignação, alegando que ela amputa a UFPR, e sem qualquer ampliação efetiva do ensino superior, busca criar uma ‘nova’ universidade no Oeste do Paraná.

Carga horária
O Tribunal de Contas do Estado do Paraná declarou inidôneo o médico Walter Bonacin Valentini e julgou irregulares as contas de 2008 de convênio realizado entre a Prefeitura de Abatiá (Norte Pioneiro) e a Santa Casa de Misericórdia. O tribunal verificou que Valentini, um dos médicos doe hospital, que também era servidor municipal, recebia pela carga horária de 20 horas diárias de trabalho. Vereador, ele ainda acumulava a atividade de médico com a de presidente da Câmara Municipal durante o período de vigência do convênio.

Devolução
Além de médico no serviço público, Valentini era vereador de Abatiá e, em 2008, ocupou o cargo de presidente do poder Legislativo municipal. Dos R$ 204.000,00 repassados na transferência, R$ 102.237,45 deverão ser recolhidos ao cofre de Abatiá. A restituição deverá ser feita, de forma solidária e devidamente corrigida, pela Santa Casa de Misericórdia, sua gestora naquele ano, Floripes Maria Simon Valentini, e pelo médico Walter Bonacin Valentini. Floripes Valentini também deve restituir R$ 504,11 ao tesouro do município devido à ausência de aplicação financeira do dinheiro transferido pela Prefeitura de Abatiá. O valor deve ser corrigido a partir de 31 de maio de 2013.