O paraense Rogério Barros, mais conhecido na praia como Pingo, recebeu nesta semana o troféu de campeão do 12º Campeonato Nacional de Surf na Pororoca, que aconteceu no fim de semana (20 a 24 de abril), no município de Cutias do Araguari, no Amapá.
A premiação após a chegada das equipes que, na última sexta-feira (20) foram ao encontro da maior onda de pororoca do mundo. A competição no Amapá voltou a ser realizada pela Associação Brasileira de Surf na Pororoca (Abraspo) após seis anos sem a disputa, e contou com o apoio do Governo do Amapá.
Cerca de 50 profissionais de esportes radicais, coordenadores e jornalistas foram de barco até o rio Araguari, onde passaram cinco dias reconhecendo a área, os companheiros e praticando o surf.
Os surfistas competidores discutiram as estratégias de ataque-resgate, segurança e dinâmica de ação, que serviram de base para a competição.
Os oito competidores do Pará, Bahia, Maranhão, Rio Grande do Sul, Ceará e Amapá foram divididos em quatro baterias. Stanley Gomes representou os amapaenses, mas, a final foi decidida entre Adilton Mariano (CE) e Pingo (PA).
Conhecida pela violência em que transforma as águas amazônicas nesta época do ano, a pororoca é considerada um desafio para os mais corajosos que ousam enfrentar o rio com pranchas, jet ski ou lanchas.
Além do Amapá, as enormes ondas se formam em São Domingos do Capim, no Pará, em Chaves, no arquipélago do Marajó, e em Ariri, no Maranhão. No Amapá, ela começou a ser procurada por aventureiros e esportistas em 2000.
O retorno da parceria era esperado pelos organizadores e participantes, que consideram essa ajuda essencial para que o evento ganhe respeito internacional.
Perfil do campeão
O campeão Rogério Barros tem 30 anos, dos quais, 18 são de surf na praia de Salinas. Nascido em Salinópolis-PA, Pingo cresceu na praia e dela sobrevive. Quando não está surfando, vende salada de frutas para sustentar a esposa e uma filha, de dois anos. Ainda não se considera um surfista profissional, mas diz que depois de ganhar no Amapá, suas chances de entrar para a lista de renomados surfistas brasileiros cresceram.
“Surfo todos os dias, é minha paixão. Comecei por curiosidade, por brincadeira comum entre moleques da beira da praia, mas agora levo a sério e trabalho para chegar longe”, falou o campeão.
A premiação de R$ 5 mil foi dividida consensualmente entre os oito competidores (1º lugar, R$ 2 mil; 2º lugar, R$ 1 mil; dois 3º lugares, R$ 500 cada, e quatro 5º lugares, R$ 250 cada).Antes da premiação oficial no Palácio, ainda no meio das águas, os campeões receberam os troféus seguindo o ritual típico dos surfistas. Em 1º lugar ficou Rogério Barros (PA); 2º lugar, Adilton Mariano (CE); 3º lugar, Ícaro Lopes (CE); 4º lugar, Dennis Tihara (BA); 5º lugar, Stanley Gomes (AP), 6º lugar, Binho Lopes (CE), 7º lugar, Rodrigo Dornelles (RS) e 8º lugar, Álvaro Bacana (MA).