Os pés gelados, causados pelas temperaturas mais baixas, trazem os aquecedores de volta às salas. Esquecidos em qualquer canto da casa, alguns acabam não obedecendo ao comando de ligar. O primeiro impulso é levar para ser consertado. Em um segundo momento, vem o questionamento sobre se, talvez, não seja mais simples e barato comprar um novo.  Afinal, os serviços ficaram mais caros que os produtos em Curitiba, conforme atestam os números do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IPCA, o serviço de conserto e manutenção ficou 8,95% mais caro nos últimos 12 meses, encerrados em maio, em Curitiba. Já os produtos eletrônicos e eletrodomésticos subiram 6,6%.

 Porém, um equipamento consertado tem menor vida útil que um novo, mas considerando o valor final, geralmente um novo custa mais. Então para tentar resolver essa equação, a reportagem ouviu especialistas de economia e profissionais do setor de consertos que passaram uma série de dicas.  A primeira e, principal, é para pesquisar os preços tanto nas lojas quanto nas oficinas. Esses valores servirão de parâmetro a escolha mais acertada.
O economista e engenheiro de qualidade, membro do Conselho Regional de Economia (Corecon-PR), Daniel Poit, afirma que para decidir entre o conserto ou o produto novo, o consumidor deve considerar três pontos fundamentais, que são o financeiro, a utilidade e a sustentabilidade.
Para o aspecto financeiro, no qual o produto deve passar por uma avaliação tanto do consumidor quanto do serviço, o princípio que deve ser adotado pelo consumidor é o mesmo que as empresas e indústrias adotam, diz Poit. O da depreciação, ou seja, a vida útil do produto, explica.

No caso de um eletrodoméstico, Poit afirma que a vida útil de eletrodomésticos é de 5 anos, a de eletroeletrônicos é de 2 anos, e para roupas, calçados e bolsas se deve levar em consideração o material e o tempo de uso.
O economista alerta que os produtos eletrônicos, como celulares, computadores, tablets, notebooks e impressoras, têm durabilidade maior que dois anos, mas o fator decisivo deve ser tecnologia que pode estar ultrapassada. Portanto, se o produto velho apresentar algum problema depois de dois anos é preferível, em termos financeiro e tecnológico, a troca do produto por um novo, orienta.