India Mara Borba é mãe de Maria Fernanda, e coordenadora do programa Nascer Down. A iniciativa nasceu dentro da Associação Reviver Down, criada em maio de 1993, pela assistente social do Hospital de Clínicas (HC) da UFPR, Noêmia Cavalheiro.
Através do Programa Nascer Down, que conta com 100 participantes, é feito o primeiro contato com a família assim que nasce um bebê com a síndrome em algum hospital de Curitiba e região. A associação é notificada e manda um membro para conversar com a família.
India Mara conta que a meta e fazer o primeiro contato com o bebê e a família nas primeiras 48 horas de vida. O outro lado do ativismo envolve pressionar por mais espaço para as crianças nas escolas regulares. Como os portadores da síndrome de Down são 75% visuais, é importante que, além do atendimento especializado, eles frequentem as escolas regulares. Nelas, eles terão bem mais estímulos que nas escolas para crianças especiais, como a Apae (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais), conta India Mara.

Conscientização — A Reviver Down , segundo a fundadora Noêmia Cavalheiro, nasceu da falta de informações sobre a síndrome e como uma resposta ao preconceito que enfrentou quando teve o filho Carlos Eduardo, o Dudu, que tem a síndrome, há 23 anos. Pela associação, Noêmia participou do primeiro congresso brasileiro na área, em 1992, e, quando voltou, exigiu do pediatra de Eduardo algo impensável: um exame de coração para verificar cardiopatias, já que 50% das pessoas com Síndrome de Down têm alguma anomalia no órgão.
Não havia teste da orelhinha, do olhinho, ecografia abdominal; não davam vacinas, não estimulavam a criança, recorda ela. A sociedade começa a entender que essas pessoas não merecem e não devem ficar confinados em guetos. Quem quiser conhecer melhor a Reviver pode encontrar mais informações na página da associação no endereço www.reviverdown.org.br