A Força Nacional de Segurança Pública chegou nesta segunda-feira, 25, ao Paraná para auxiliar a Policia Rodoviária Federal (PRF) a liberar aos trechos de bloqueio no Paraná. Aos todo são 20 policiais, integrantes da Força Nacional, que estão concentrados na regão de Cascavel, onde os bloqueios tem causados maiores estragos. No Paraná há 33 trechos de bloqueios nas rodovias estaduais e 20 nas rodovias federais. 

​A Força Nacional de Segurança Pública foi criada em 2004 para atender às necessidades emergenciais dos estados, em questões onde se fizerem necessárias a interferência maior do poder público ou for detectada a urgência de reforço na área de segurança. Ela é formada pelos melhores policiais e bombeiros dos grupos de elite dos Estados, que passam por um rigoroso treinamento na Academia Nacional de Polícia (da Polícia Federal), em Brasília, que vai de especialização em crises até direitos humanos.

Hoje à tarde, governo e manifestantes dos caminhoneiros autônomos  e empresas que contratam serviços sentam para negociar. O valor do frete é a principal pauta da mesa de diálogo instalada nesta quarta-feira, 25. A reunião será às 14h, no Ministério dos Transportes, com a presença dos ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), José Eduardo Cardozo (Justiça), Kátia Abreu (Agricultura) e Luís Adams (Advocacia Geral da União).

A reunião faz parte da ação do governo federal para normalizar a circulação nas estradas bloqueadas por manifestações de caminhoneiros. A desobstrução das rodovias começou nesta terça-feira, 24, para assegurar o direito de ir e vir e o abastecimento da população. 

Até ao meio-dia desta quarta-feira, 25, a Justiça já concedeu liminares para desobstrução de todas as rodovias federais nos estados da Bahia (uma especificamente em toda a região de Feira de Santana), Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul (Porto Alegre e Pelotas) e Paraná (Curitiba).

No Ceará e Mato Grosso, a decisão sobre a desobstrução deve sair hoje. Em Santa Catarina, a AGU aguarda a decisão da Justiça. A força-tarefa da AGU está atuando com cerca de 40 advogados da União em todo o Brasil. Nos estados onde há manifestação dos caminhoneiros, as ações ajuizadas pedem a reintegração de posse e a proibição de obstrução das rodovias atingidas pelo movimento.

Outro ponto de pauta tema da reunião é a prorrogação de financiamento para renovação da frota do BNDES – Procaminhoneiro, além da Lei dos Caminhoneiros, aprovada pelo Congresso Nacional recentemente. A lei define a jornada de trabalho e trata do valor de pedágio nas rodovias, outras pautas da manifestação.

SUPERMERCADOS — A Associação Paranaense de Supermercados (Apras) enviou uma nota sobre o impacto da greve dos caminhoneiros no setor no Paraná. Segundo o levantamento da entidade, a situação é mais precária nos supermercadoss regiões de Pato Branco, Francisco Beltrão, Maringá, Londrina, Cascavel, Toledo, Irati e outras cidades do Estado do Paraná.

Nessas regiões citadas, o abastecimento de alimentos e combustíveis estão bastante prejudicados, atingindo mais de 55% das lojas. Já a região de Pato Branco, 80% dos produtos em geral nos supermercados não estão chegando nos centros de distribuição, como frutas, verduras, legumes, leite, ovos entre outros.

Os supermercados dessas regiões estão trabalhando com o estoque de loja, sendo que os perecíveis devem suportar mais cinco dias. Outro fator preocupante é o abastecimento de mercearia seca, que compreende de produtos como óleos, arroz, farinha, feijão, entre outros; pois os caminhões não estão tendo acesso aos supermercados e aos seus centros de distribuição.

Na nota,  a Apras solicita às autoridades federais, Advocacia Geral da União e estaduais, Procuradoria Geral do Estado e também ao movimento dos caminhoneiros que seja liberado as cargas de combustíveis, e de alimentos que são essenciais para abastecimento mínimo da população do Estado.