O Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária, investe nas bolsas de iniciação científica para que os estudantes possam desenvolver novas capacidades. Nos últimos quatro anos foram financiadas 11.400 bolsas, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com investimento de R$ 52 milhões. Somente neste ano, a Fundação disponibiliza 2.900 novas bolsas de iniciação científica.

O desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação é considerado semente do crescimento social e econômico de uma nação. Portanto, podemos usar a iniciação científica como exemplo dessa evolução, destaca o presidente da Fundação Araucária, Paulo Brofman.

De acordo com ele, outra vantagem para os estudantes quando vivenciam a iniciação científica é perder o medo do novo. É importante que o estudante aprenda coisas novas, com certa autonomia, apoiada na diretriz do orientador. Assim, quando surgir a primeira dificuldade, ele terá habilidade para interpretar o fato e discernir se pode resolvê-lo ou se é preciso consultar quem sabe mais sobre o assunto, explicam Brofman.

O químico Francisco de Assis Marques, do Departamento de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), orienta bolsistas de iniciação científica da Fundação Araucária e destaca a importância desse programa. Esse programa auxilia na formação dos alunos, os aproxima da ciência, tecnologia e inovação, torna os discentes mais críticos, habilitados e adaptados a detectarem soluções estratégicas para determinados assuntos.

A iniciação científica oferece ainda auxílio financeiro. Muitos bolsistas utilizam os recursos para comprar livros e montar o próprio acervo para o futuro. Alguns destinam o dinheiro para a família ou para dispensam a mesada doméstica. A iniciação científica exercita também outra responsabilidade de natureza social perante uma realidade diferente daquela exclusivamente científica, destaca o presidente da Fundação Araucária.

Carlos Toazza é aluno do curso de Engenharia de Alimentos da PUCPR e bolsista do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica da Fundação Araucária. Ele trabalha em um projeto que tem como objetivo principal adaptar a tecnologia de produção do queijo Reblochon às condições existentes no Brasil como, por exemplo, o leite oriundo de vacas de raça diferente daquelas existentes na França. A partir desse projeto, tive a oportunidade de realizar pesquisas nessa área na França. Estou muito feliz e realizado.