Curitiba é a quinta dentre dez cidades mais agradáveis para se andar de bicicleta, segundo uma lista feita pelo site norte-americano Mother Nature Network (MNN), que publica notícias e textos relacionados ao meio ambiente e questões de responsabilidade social.

A capital paranaense é única cidade latino-americana a ser relacionada pelo site e aparece logo após Amsterdã (Holanda), referência mundial no grande uso da bicicleta como meio de transporte. As outras são Portland (Estados Unidos), em primeiro lugar, seguida de Minneapolis (Estados Unidos), Copenhague (Dinamarca), Amsterdã, e após Curitiba vem Perth (Austrália), Kyoto (Japão), Kaohsiun (Taiwan), Berlim (Alemanha) e Montreal (Canadá).

A seleção levou em consideração diversos fatores, como a qualidade da infraestrutura para bicicletas e o respeito dos motoristas em relação aos ciclistas. Para Curitiba, o MNN destaca o Plano Estratégico Cicloviário da atual gestão para unir os parques urbanos através de vias cicláveis, a construção de bicicletários em terminais de ônibus e a lei municipal que destinou 5% das áreas residenciais e comerciais para estacionamento de bicicletas e motos.

A gestão do prefeito Gustavo Fruet criou mecanismos para favorecer o deslocamento cicloviário com segurança, promovendo o uso da bicicleta como um modal de transporte e oferecendo mais uma opção de deslocamento para a comunidade. Com essa medida, a Prefeitura reforça a ideia de multimodalidade que está sendo implantada na cidade e que também privilegia o transporte público.

Desde 2013, Curitiba recebeu 76,96 quilômetros de novas estruturas cicloviárias, com destaque para o projeto da Via Calma, implantado inicialmente na Avenida Sete de Setembro, e a criação das ciclorrotas Portão-PUC e Nossa Senhora da Luz, além das novas ciclovias implementadas na Avenida das Torres e na Linha Verde Norte e Sul. Isto corresponde a mais da metade da rede existente anteriormente, de 127 km, executada ao longo de 35 anos.

O Plano Estratégico Cicloviário traz a humanização dos espaços públicos, atendendo os anseios da população que tem na bicicleta um meio de locomoção para o trabalho, estudo e lazer, ou, ainda, a utiliza para a prática desportiva. Outra premissa fundamental é tornar o ciclista visível para as pessoas, em especial para os motoristas, diz o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, Sérgio Pires.