A pesquisa ACP/Datacenso sobre a expectativa do comércio curitibano para 2017 ouviu 200 comerciantes (proprietários ou gerentes) de micro (67%), média (4%) e pequenas empresas (29%), destacando que a maioria dos entrevistados (60%) estima que o desempenho na economia brasileira e paranaense, em particular, será melhor que a do exercício atual. Para 28% o movimento será igual e pior para 12%.

Em resposta à pergunta específica sobre a contribuição das medidas tomadas pelo governo Michel Temer para a recuperação do desenvolvimento e superação da crise econômica, 31% por entrevistados são de opinião que elas vão ajudar de algum modo, variando os demais comentários entre nenhum pouco (11%), um pouco (20%) e mais ou menos (15%).

Os comerciantes que esperam muito do governo Temer somam a parcela de 19%, caindo para 5% os que esperam muitíssimo.

O levantamento foi realizada por meio de entrevistas pessoais entre os dias 4 e 7 de novembro passado, com grau de confiabilidade de 95%.

Desempenho de 2017

A estimativa quanto ao desempenho especificamente do comércio no próximo ano, em relação ao movimento registrado esse ano será superior para 63% dos entrevistados, igual para 31% e inferior para 6%, embora a maioria absoluta dos comerciantes ouvidos (83%) tenha demonstrado o sentimento de que a economia dá sinais claros de retomada do crescimento.

Mesmo com a expectativa otimista, parcela significativa de 62% dos entrevistados não tem planos de novos investimentos na infraestrutura das instalações, intenção revelada por apenas 13% dos comerciantes da capital. No item referente à oferta de produtos quanto à variedade e melhoria da qualidade dos mesmos, 10% dos que responderam estão propensos a investir na realização de mudanças qualitativas.

Quanto aos aspectos externos do entorno dos pontos comerciais e lojas em geral, para a maioria dos empresários (65%) a prioridade é a realização de investimentos na área da segurança pública, seguida de investimentos na divulgação dos estabelecimentos das várias regiões urbanas (17%), investimentos na melhoria de calçadas e iluminação pública (7%), além de outros incentivos como captação de novos empreendimentos (3%), redução de impostos e geração de empregos (3%) e estacionamentos mais em conta para a clientela (2%).

Considerado melhor que o desempenho do período igual de 2015, o balanço geral das vendas do ano que está chegando ao fim é acompanhado pelo prenúncio otimista de que haverá melhoras sensíveis em 2017, tendo em vista os indícios claros do reaquecimento gradativo da economia.

Dentre as expectativas citadas pelos comerciantes curitibanos, porém, uma das mais relevantes diz respeito à queda dos juros para algo em torno de 10% ao ano, assim como o índice inflacionário de 5%. Contudo, segundo a explicação do responsável pela pesquisa ainda se percebe a apreensão da área comercial diante de um cenário interno desfavorável, que sofre ainda ainda as consequências determinadas pela estagnação dos mercados asiático e europeu, enfatiza Cláudio Shimoyama.