Não são apenas os prefeitos que estão iniciando seus mandatos agoram que tiveram que apelar para a tesoura na tentativa de equilibrar as contas de seus municípios. Prefeitos reeleitos em vários pontos do Paraná também tiveram que apertar os cintos depois de conquistarem mais quatro anos nas urnas, diante da queda na arrecadação com a redução da atividade econômica.

Reeleito com mais de 55% dos votos, o prefeito de Ponta Grossa (Campos Gerais), Marcelo Rangel (PPS), começou o ano determinando a redução de 20% dos cargos comissionados, e estipulando aos que continuarem na prefeitura um contrato de trabalho de seis meses, condicionando a continuidade no emprego a avaliações de desempenho. Já para os funcionários de carreira, as funções gratificadas também serão reavaliadas.

Em Apucarana (região Norte), o prefeito Carlos Alberto Gebrim Preto (PSD), conhecido como Beto Preto, reeleito com mais de 86% dos votos, que já havia cortado 120 cargos comissionados, anunciou novas medidas de economia, diante do endividamento do município. Não adianta aumentar impostos, a não ser ajustes pontuais, alegou, apontando que só em ações trabalhistas são três mil. Beira o insanável as dívidas que foram deixadas. Isso é muito grave, porque os empecilhos gerados pela irresponsabilidade administrativa ou já vieram ou podem estar ali na frente, afirmou.

Segundo ele, apesar da gestão atual ter pagou nos últimos quatro anos R$ 50 milhões em dívidasmesmo assim, a dívida consolidada de Apucarana é de R$ 110 milhões. Além disso, há cerca de 15 dias, andou o processo relativo aos bancos Santos e Itamaraty. Se houver uma ordem judicial para o parcelamento desta dívida, que hoje está na casa dos R$ 285 milhões, todas as contas da Prefeitura serão bloqueadas, apontou.