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50 pássaros nativos silvestres ganharam novamente o seu direito à liberdade nessa sexta-feira (31). Os animais foram soltos em Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, por biólogos do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Os passarinhos eram mantidos em cativeiro sem as devidas autorizações ambientais, foram encontrados por policiais do Batalhão da Polícia Ambiental, em operação na última quinta-feira (30) e destinados no dia seguinte ao IAP. Os policiais encontraram os cativeiros em três residências nas cidades de Colombo e Campo Largo, também região Metropolitana de Curitiba, após receber denúncias feitas através do canal 181. 
Para poder voltar à natureza os pássaros passaram por uma triagem e avaliação da sua capacidade de voo, interação com o ser humano e, consequentemente, condições de competir por alimento em meio à natureza.  “Zelamos sempre pelo menor nível de estresse dos animais, por isso, assim que chegam ao instituto avaliamos suas condições e capacidade de retorno imediato à natureza”, explica a diretora de Licenciamentos Especiais do IAP, Edilaine Vieira.
Além desses pássaros outros 13 apreendidos nas mesmas operações não puderam retornar ao meio ambiente de imediato. Eles foram destinados para clínicas veterinárias parceiras e criadores licenciados para tratamento e os devidos cuidados.
“Esses serão tratados e cuidados por pessoas especialistas. Quando recuperarem sua capacidade de retorno ao meio ambiente, serão soltos”, explica Edilaine.
Os animais encontrados pelos policiais são das espécies: Trinca-ferro, Sabiá Poca, Canário Terra, Sabiá Preto, Colerinho, Pitassilgo, Tico Tico Rei, Bigodinho, Curió, sendo esse último ameaçado de extinção. Os infratores que estavam de posse dos animais responderão a processo criminal, pela Polícia Ambiental, e também administrativo, junto ao IAP.
O presidente do IAP, Paulino Mexia, lembra que manter animais em cativeiro sem as devidas autorizações é crime de tráfico de animais. “Mesmo que a pessoa não tenha sido a responsável por capturar esses animais na natureza ou reproduzi-las em cativeiro sem licença, mantê-las também as torna criminosas. Por isso, contamos com a participação de todos ao realizar denúncias que são tão importantes para esse trabalho”, disse.
Denúncias podem ser feitas através do telefone 181 da polícia ambiental ou no link “Fale Conosco” no site do IAP (www.iap.pr.gov.br).