Muito usado nas pizzas, o orégano é rico em cálcio, potássio e vitamina. Para constatar a qualidade deste produto, a equipe da Proteste resolveu fazer uma análise nos produtos encontrados à venda no mercado, considerando a resolução RDC 14/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É essa resolução técnica que estabelece os requisitos mínimos para avaliação de matérias estranhas visíveis (macroscópicas) ou não visíveis (microscópicas) a olho nu em alimentos e bebidas, assim como seus limites de tolerância.
Nas quatro marcas de orégano analisadas, Kitano, Santa Cozinha, Kisabor e Hikari, foram detectados fragmentos de insetos ou insetos mortos. No entanto, vale ressaltar que a legislação permite que, a cada 10 g do produto, possam existir 20 fragmentos de insetos, cinco ácaros, 20 insetos inteiros mortos (próprios do ambiente onde o alimento é cultivado) e, até mesmo, um fragmento de pelo de roedor. Nestes níveis, os produtos não oferecem risco à saúde humana.
O teste apontou que a quantidade de fragmentos de insetos presente nas marcas Kitano e Kisabor estava dentro do estipulado pela Anvisa. O mesmo foi verificado no pacote da Santa Cozinha, onde foi encontrado um inseto inteiro morto – o que é tolerado pela resolução.
Já no Hikari havia um ácaro, dois insetos inteiros mortos e 28 fragmentos de insetos. Como já mencionado, o regulamento técnico da Anvisa tolera 20 fragmentos – isso significa que o produto está em desacordo com a norma e, consequentemente, impróprio para consumo.
A Proteste lembra que a resolução permite que exista um fragmento de pelo de roedor a cada 10 g do produto. E ele não é o único: o pelo de roedor também está liberado para a canela em pó (um fragmento em 50 g) para o chocolate (um fragmento em 100 g) e para os alimentos derivados do tomate (um fragmento em 100 g), como é o caso do ketchup.