A pesquisa ACP/Datacenso sobre as perspectivas do comércio curitibano com relação às vendas motivadas pelo Natal de 2017, com 200 comerciantes e 200 consumidores que responderam perguntas espontâneas e estimuladas entre os dias 6 e 8 desse mês, indicou crescimento nominal de 4% em comparação com período igual de 2016. O crescimento real será de 1,5%, descontada a inflação de 2,53% acumulada nos últimos 12 meses.

Os comerciantes ouvidos pelo Datacenso (70%) ocupam cargos de gerente e supervisor, ou de proprietários e sócios (30%), representando micro (74%), pequenas (24%) e grandes (2%) empresas, que empregam de nove a mais de 100 funcionários.

Dividida em grupos praticamente iguais entre homens e mulheres, a amostragem de consumidores tem entre 18 anos de idade a mais de 55 anos, e renda mensal familiar variando entre R$ 937 (1 salário mínimo) a R$ 9.370,01 (mais de 10 salários mínimos). A faixa de renda média predominante (50%) entre os consumidores varia de R$ 1.874 a R$ 4.685,00.
As lembranças natalinas indicadas pelos consumidores dispostos a presentear até três pessoas (esposas, esposos, filhos, netos, outros parentes e amigos) são roupas (58%), brinquedos tradicionais (33%) e calçados (18%), além das demais opções costumeiramente lembradas no Natal.

O consumidor pretende gastar R$ 85 por pessoa, ou seja, R$ 255 no total dos três presentes planejados. Em comparação com o Natal do ano passado, quando o gasto médio total registrado foi de R$ 234, o aumento desse ano está estimado em 9%, um indício seguro da retomada do ritmo de vendas pelo varejo.

Para os empresários ouvidos pelo Datacenso especificamente quanto à expectativa do movimento de vendas de 2017, cerca da metade, ou 47% admitiram vendas iguais as do ano passado, 35% esperam vender mais, 15% menos e 4% não souberam responder.

Promoções especiais estão sendo planejadas por 50% dos empresários ouvidos (descontos para pagamento à vista, número maior de parcelas no cartão de crédito, sorteios, brindes e propaganda), além da confiança no clima festivo do final de ano que mantém a tradição dos presentes de Natal, o 13º salário e as férias familiares.
Um número expressivo de empresas (62%) não tem plano de contratar empregados temporários para a temporada festiva, ao passo que 38% devem tomar a iniciativa embora em quantidade menor que a do ano passado, sendo que apenas 10% dos contratados deverão ser efetivados.