Fernando Frazao Agência Brasil

O novo coronavírus mudou o mundo a partir de março deste ano, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu que os casos da doença no mundo se tornaram uma pandemia.

Foram cerca de quatro meses até que a OMS decidisse por esse caminho de alerta global. O primeiro caso relatado foi no dia 1º de dezembro de 2019, em Wuhan, na China, ejá chamava a atenção do mundo.

A Europa foi a primeira a sentir a força da doença, com o colapso do sistema de saúde em países como Itália, Espanha e França, que decretaram o lockdown para conter a Covid.

Depois foram os Estados Unidos atingidos em cheio pela doença, especialmente Nova York. Para piorar, o governo Trump minimizou a pandemia em princípio. Isso acabou levando à derrota de Trump que tentava a reeleição em novembro.

Em sequência, o Brasil se tornou o segundo país em casos e depois em mortes, seguindo os passos dos Estados Unidos.

Pequena Retrospectiva dos nove meses de pandemia

Março

  • O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, declarou que a organização elevou o estado da contaminação pelo novo coronavírus como pandemia. O anúncio surge quando há mais de 115 países com casos confirmados de infecção
  • O Paraná confirma os primeiros seis casos da doença no dia 12, cinco deles em Curitiba. As primeiras mortes no Estado também foram neste mês
  • No dia 19, o Governo do Estado decreta estado de emergência, e fecha parte das atividades não essenciais, como shoppings e congêneres e suspende as aulas nas redes pública e particular

Abril

  • Em abril de 2020, o presidente Jair Bolsonaro assinou a Medida Provisória Nº 934, que dispensa escolas de cumprirem o mínimo de 200 dias letivos. O texto, baixado em razão dos riscos de contágio do novo coronavírus, também vale para universidades
  • Foi publicada, em abril, a lei que prevê o pagamento de uma renda básica emergencial no valor R$ 600 a trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus
  • Com a pandemia da covid-19, os comerciantes tiveram que se reinventar para conseguir vender na Páscoa. As lojas de chocolate venderam produtos pela internet, por meio de aplicativo de mensagens ou sites. Houve até peixarias com serviço de delivery
  • O uso de máscaras já vinha sendo apontado como medida importante de proteção contra a covid-19. Com a ampliação da pandemia, prefeituras e governos estaduais passaram a recomendar e até mesmo obrigar a adoção do item, e o Paraná e Curitiba foram um deles
    No dia 16, depois de muitas rusgas com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é demitido. Em seu lugar assume Nelson Teich

Maio

  • Em meio a tensões registradas em maio no Brasil e no exterior, o dólar aproximou-se de R$ 5,90 e voltou a bater recorde
  • Morreu em maio, aos 73 anos, o compositor e escritor brasileiro Aldir Blanc, por complicações causadas pela Covid-19, depois de ficar mais de duas semanas na
  • UTI do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe).
  • Nelson Teich pede exoneração do cargo do o Ministério da Saúde pouco antes de completar um mês à frente da pasta. O secretário executivo, general Eduardo
  • Pazuello, assumiu interinamente

Junho

  • A Lei Aldir Blanc entrou em vigor em junho e instituiu auxílio financeiro de R$ 3 bilhões para o setor cultural devido à pandemia de Covid-19
  • No dia 9 A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba lançou o sistema de bandeira — amarelo (alerta), laranja (risco médio) e vermelho (risco alto)

Julho

  • Ministério da Educação anunciou nova data para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que teve a aplicação adiada por causa da pandemia do novo coronavírus. A prova foi remarcada para os dias 17 e 24 de janeiro, na sua versão impressa
  • O Congresso Nacional adia as eleições municipais para novembro de 2020

Agosto

  • Alguns dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro voltaram a receber visitantes depois de cerca de cinco meses fechados
  • No Paraná também começa um período de flexibilização das atividades. Escolas particulares pressionam para a retomada das aulas presenciais

Setembro

  • O Brasil adere a aliança para aceleração da vacina contra Covid-19
  • Os números de casos novos e de mortes começam a ter uma queda acentuada no Paraná, o que sugere que o pico da doença possa ter passado

Outubro

  • Mais um mês com números em queda no Estado, mas alerta é mantido
  • Curitiba, em bandeira amarela, libera pequenos eventos, com no máximo 50 pessoas, cinema, teatros, e casas de festas poderão voltar à atividade, com restrições

Novembro

  • Depois do feriado de Finados, os casos na Capital e no Estado voltam a subir, desta vez de forma mais acentuada
  • Tanto o Estado quanto Curitiba voltam a restringir algumas atividades
  • No dia 27 Curitiba volta para a bandeira laranja com restrições de atividades por causa do agravamento dos casos do novo coronavírus

Dezembro

  • A Câmara aprova projeto de lei que prevê multa para quem descumprir os decretos da Covid-19, com multas que variam de R$ 150 a R$ 150 mil
  • As autoridades sanitárias pedem que as pessoas se cuidem nas festas de fim de ano
  • Ontem, o mundo atingiu a marca de 80.453.105 de pessoas contaminadas e 1.775.776 de mortes provocadas pela doença
  • No Brasil, até ontem, eram 193,8 mil mortes e 7,61 milhões de casos

Vacinas começam a ser aplicadas em vários países

No mês de dezembro as vacinas tão esperadas começam a ser aplicadas em alguns países que apressaram seus processos. Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e até mesmo a Argentina, iniciam a imunuização de parte de sua população. No Brasil, contudo, apesar de ter participado de testes de alguns dos experimentos, nenhum vacina ainda foi registrada.

E depois de polêmicas entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e alguns laboratórios, ontem eles voltaram a se reunir. A Anvisa se reuniu com a AstraZeneca e a Pfizer, laboratórios desenvolvedores de vacinas contra a Covid-19. O tema da conversa com as empresas foi o uso emergencial das vacinas no Brasil.

A AstraZeneca, que desenvolve sua vacina em parceria com a Universidade de Oxford, informou que não há dificuldade regulatória para atender aos requisitos da agência. Segundo a Anvisa, o prazo para análise de uso emergencial é de até dez dias, a partir da entrada do pedido formal junto à autarquia.

Na terça-feira, o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse que a vacinação no País poderia começar no dia 20 de janeiro, se tudo der certo, ou mais tardar, em um cenário menos favorável, a partir de 10 de fevereiro.