ASSUNÇÃO, PARAGUAI (FOLHAPRESS) – Com um discurso em que pregou a  reconciliação nacional, o novo presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, tomou posse na manhã desta quarta-feira (15).

Na cerimônia estavam presentes o presidente Michel Temer e os mandatários argentino, Mauricio Macri, boliviano, Evo Morales, colombiano, Iván Duque, entre outros.

Marito, como é chamado popularmente, afirmou em seu discurso que seu mandato “inaugurará um Paraguai reconciliado”, e que trabalhará para que a Justiça seja independente -uma de suas principais críticas durante a campanha foi a cumplicidade entre o ex-presidente Horacio Cartes e o Judiciário.

Acrescentou que seu governo “não quer juízes amigos, porque estes contribuem para que haja impunidade. E a impunidade é um câncer”, disse o mandatário do conservador Partido Colorado.

Afirmou que não será “complacente com condutas erradas” e que busca os aplausos “na saída e não na entrada”.

Mencionou que lutará para diminuir a pobreza -hoje 1,8 milhão de paraguaios (de uma população de 7 milhões) vive abaixo da linha de pobreza, cifra que praticamente não diminuiu durante o período Cartes.

Também afirmou que combaterá a informalidade e o contrabando porque são problemas antigos que “impedem que o governo arrecade para construir hospitais e a escolas”.

Filho do secretário do ditador Alfredo Stroessner (1954-1989), Abdo disse que defenderá os direitos humanos, e que se juntará aos outros países da América Latina para encontrar uma solução para as crises na Venezuela e na Nicarágua.

Nem Cartes nem seus parlamentares participaram da cerimônia, por estar em desacordo com Abdo.

O ex-presidente tem sido alvo de manifestações contra o legado de seu governo, por parte de grupos de jovens.

A cerimônia teve uma apresentação das Forças Armadas, com sobrevoos rasantes de aviões da Aeronáutica e 21 tiros de canhão do Exército.