Daniel Castellano / SMCS

A Prefeitura de Curitiba investiu, em 2019, quase R$ 20 milhões em projetos culturais que apoiaram artistas e revigoraram a economia criativa na cidade.

Todos os 75 espaços da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) tiveram programação permanente, com 10.183 ações de janeiro a outubro e 2.118.659 atendimentos no mesmo período.

O grande destaque foi a inauguração do Complexo Cultural Cine Passeio, um projeto que se tornou realidade e conquistou o coração dos curitibanos. Com a proposta de trazer de volta a concepção dos cinemas de rua e ser um espaço de formação audiovisual e de inovação, o Cine Passeio, entregue em março, para o aniversário da cidade, foi o grande sucesso da temporada.

Com programação diversificada e de qualidade, lugar aconchegante e de fácil acesso, o novo complexo cultural se tornou um badalado ponto de encontro dos amantes da sétima arte.

Em oito meses, foram 50 mil ingressos vendidos para exibições de filmes nas Salas Luz e Ritz.

A movimentação cultural, entretanto, começou logo em janeiro, com a encenação, nas dez regionais, do espetáculo Auto de Reis, e com a estreia do programa Praça do Circo. Em seguida, veio a 36ª Oficina de Música de Curitiba, com 250 concertos, cursos e eventos, reunindo um público de 50 mil pessoas.

Arte variada
Ao longo do ano, a Fundação Cultural comandou outras importantes realizações, como as festividades de pré-carnaval, o desfile das escolas de samba, o aniversário da cidade, as encenações da Paixão de Cristo, a IV Semana do Canto Coral e a extensa programação de espetáculos do Natal de Curitiba – Luz dos Pinhais.

A FCC também foi parceira de outras instituições na realização de grandes eventos do calendário de 2019, como o Festival de Teatro, Mia Cara Curitiba, Bienal Internacional de Arte, Semana Cultural, Olhar de Cinema, Feira Internacional da Música do Sul, Mostra Paranaense de Dança, Imin Matsuri, Festival Folclórico de Etnias, Festival Internacional de Hip-Hop, Festival de Inverno do Centro Histórico, Subtropikal, Litercultura, Musicletada, Festival de Dança de Curitiba, Centro Histórico Divertido, Haru Matsuri, Shinobi Spirit, Encena Boqueirão, Festival de Ópera do Paraná, Mostra Espetacular de Artes para Crianças e Curitiba Jazz Festival.

Preservação do patrimônio
Além da programação cultural, realizou ações de preservação do patrimônio histórico cultural. Foi grande parceira do programa Rosto da Cidade. Além de sete de suas unidades terem sido recuperadas pelo programa, a Fundação, em convênio com a UTFPR, fez o levantamento arquitetônico de imóveis históricos e disponibilizou essas informações por meio de um QRCode fixado nas fachadas das edificações.

Neste final de ano, a parceria com a UTFPR se consolidou com a assinatura de um termo de cooperação técnica para criação do Centro de Pesquisas em Patrimônio Cultural, com a chancela da École de Chaillot (França), uma das principais referências mundiais na área da preservação do patrimônio. Curitiba será o primeiro polo da instituição francesa na América do Sul.

Incentivo à cultura
Por meio das duas modalidades do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundo Municipal da Cultura e Mecenato Subsidiado, a Fundação fomentou a produção artística. O programa financia projetos culturais por meio da renúncia fiscal do município.

Em 2019, a Prefeitura consolidou a retomada dos investimentos do Fundo e lançou 19 editais no valor total de R$ 5,8 milhões, beneficiando trezentos projetos. Os editais atenderam várias linguagens artísticas – música, dança, literatura, artes visuais, artes cênicas e patrimônio cultural, e alguns foram inéditos como o Edital de Apoio aos Artistas de Rua e o TUC – Experimenta 2020.

Também foi lançado edital para apoio aos artistas que levam produções para outras cidades brasileiras e outros países, divulgando a cultura e a arte curitibana.

No Mecenato Subsidiado, modalidade em que o proponente fica responsável pela captação dos valores junto às empresas, a Fundação conseguiu restabelecer o equilíbrio entre o total de recursos disponibilizados e o número de projetos aprovados.

Em 2017, a gestão anterior havia deixado como dotação orçamentária R$ 12, 8 milhões, porém aprovou um número de projetos bem maior, com um total incentivado de R$ 30 milhões. Isso fez com que os recursos naquele ano, e também em 2018, se esgotassem em poucos dias, ficando boa parte dos projetos sem recursos para captação.

Em conjunto com a classe artística, foram adotadas medidas para corrigir essa distorção. Uma delas foi, a partir do edital de 2017, aprovar um número de projetos até o limite da dotação orçamentária prevista para o ano seguinte. Outra medida foi lançar o edital de 2018 no final do ano, em vez de nos primeiros meses, como era feito, o que deu um fôlego para que projetos aprovados nos anos anteriores pudessem captar recursos antes que novos projetos fossem habilitados.

Para 2019, a dotação orçamentária ao Mecenato foi de R$ 13,55 milhões. Foram aprovados 106 projetos.

Eventos multidisciplinares
A FCC organizou o Carnaval 2019 com a produção dos eventos pré-carnavalescos e desfiles oficiais de blocos e escolas de samba.

Isso incluiu montagem de arquibancadas, instalação do sistema de som e iluminação e de banheiros químicos, entre outros equipamentos de infraestrutura para os desfiles. Contou com a parceria da Polícia Militar, Guarda Municipal e do serviço de urgência e emergência da Secretaria Municipal da Saúde.

Entre os destaques do Carnaval estiveram o Rancho das Flores (o bloco da terceira idade que fez seu 29º desfile) e o Zombie Walk (que reuniu 30 mil pessoas caracterizadas como personagens de terror e cosplayers). A seguir vieram a encenação da Paixão de Cristo, com atividades na região central e nos bairros.

Luz dos Pinhais
Sob o slogan Uma História de Brilho e Emoção, o Natal de Curitiba foi o último grande evento do ano, que proporcionou a moradores e turistas cerca de 130 atrações e vários espetáculos teatrais produzidos pela FCC. Espetáculos de balé, teatro, canto lírico, canto coral e concertos estiveram entre elas, nas dez regionais.

Programas permanentes
Além dos eventos do calendário, programas permanentes da Fundação também atenderam a população. Destaque para o “Vivências e Convivências 60+”, que ofereceu atividades culturais a idosos atendidos pela Fundação de Ação Social e Secretaria Municipal da Saúde, e beneficiários de outros serviços da Prefeitura.

Criado em 2017, atingiu a marca de quatro mil participações nas ações de outubro, mês em que se comemora o Dia do Idoso.

Outros programas desenvolvidos para a comunidade são o Rede Sol, que este ano atendeu 6.351 pessoas, com apresentações de 45 artistas voluntários em escolas especiais, asilos, hospitais psiquiátricos e Centros de Atendimento Psicossocial, e também o “Nós e o Meio Ambiente”, programa de responsabilidade ambiental e formação continuada. Este ano foram oferecidos dez cursos, com 450 vagas.

Nas regionais, além das encenações descentralizadas da Paixão de Cristo e do Natal, o público acompanhou o florescimento do Centro Cultural Vilinha, no Bairro Alto (Regional Boa Vista). Situado no Parque Histórico da Vilinha, o local passou a sediar cursos com instrumentos musicais, pintura e teatro.

Do outro lado da cidade, a Rua da Cidadania do Tatuquara recebeu o festival Tatuartfest e a Regional Boqueirão usufruiu da programação de peças teatrais do espaço Boqueirão Encena. Os dois eventos foram patrocinados pelo Programa de Apoio e Incentivo à Cultura. Também no Boqueirão, a nova edição do Fashion Day foi um sucesso.

Consagrada como atividade de destaque em oito regionais (Tatuquara, Bairro Novo, Cajuru, Boqueirão, Pinheirinho, Santa Felicidade, Fazendinha/Portão e Boa Vista), o curso grátis de musicalização no contraturno escolar MusicaR (Música nas Regionais) ampliou a oferta de vagas de 305 para 485.

O projeto Bonecos Gigantes, confeccionados a partir de personagens próximos ao dia a dia dos estudantes da rede municipal de ensino e com o apoio de monitores, foi a novidade que passou a agitar o calendário escolar. Depois de prontos, os personagens desfilam pelas ruas e funcionam como afirmação da identidade própria de cada bairro.

Artes Visuais
A 14ª Bienal de Arte Contemporânea de Curitiba/Fronteiras em Aberto ocupa salas no Solar do Barão, no Centro, e do Museu Municipal de Arte (MuMA), no Portão, e divide o espaço cultural da cidade com outras mostras e aquisições importantes.

O Memorial de Curitiba recebeu a mostra Sérgio Ferro: Um Artista Curitibano, Brasileiro e Universal. A abertura da exposição coincidiu com a vinda do artista à cidade para receber a medalha da Ordem da Luz dos Pinhais de Curitiba, concedida pelo prefeito Rafael Greca a Ferro e a mais 35 personalidades e instituições.

Além da mostra ilustração, quadrinhos (HQ), caricatura e animação Traços Curitibanos 3, na Gibiteca, o Solar do Barão recebeu as exposições fotográficas de Guilherme Pupo (Curitiba Vista de Cima) e Raul Frare (Parca Hegemonia) no Museu da Fotografia, além da exposição decorrente do 7º Edital Bolsa Produção para Artes Visuais. Sete artistas foram selecionados pelo edital.

Participante da Geek City e da Bienal de Quadrinhos de Curitiba em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, em 2019 a Gibiteca recebeu um convidado importante para o mundo das HQs: o artista inglês David Lloyd, que conversou com o público e distribuiu autógrafos.

No MuMA, as mostras Criaturas Fantásticas (Ana Hupfer e Flavia Milbratz), Do Nascimento dos Robôs (Jack Homer) e Laços (de pacientes do hospital infanto-juvenil Pequeno Príncipe) levaram público para as salas de exposições.

Sons
Na área musical, 2019 começou com a 36ª Oficina de Música: 94 professores, 103 cursos com 1.900 alunos e um público próximo de 50 mil pessoas em concertos e shows de artistas como Maria Rita, Rosa Passos, Hamilton de Holanda e Chico Brown.

Foram 250 eventos, 60 deles gratuitos.

Pela primeira vez na história do evento, a Oficina de Percussão Especial reuniu pessoas com deficiências física e visual interessadas em aprender sobre música e mostrar seu talento.

Falecido em 2018, o músico paranaense Waltel Branco foi o grande homenageado do evento, que ficou marcado pela entrega de um presente precioso. O acervo da Casa da Memória recebeu, como doação, a partitura de Missa em Sol, de Schubert, executada no encerramento do II Curso Internacional de Música e Artes Plásticas, em 1966 – evento considerado embrião da Oficina de Música.

Muitos anos de vida
O ano também marcou o 45º aniversário da Camerata Antiqua de Curitiba, criada pela musicista Ingrid Seraphim. A celebração foi em 7 de julho, com um concerto na Capela Santa Maria, mas a agenda anual do grupo foi repleta de apresentações.

Foram 34 concertos na Capela Santa Maria, espaço próprio para apresentações de música erudita, além de 30 concertos em outros espaços da cidade e quatro fora de Curitiba.

Esse ano o grupo inovou e aproveitou o calendário da saúde para lembrar datas importantes. Foram a oito instituições de acolhimento e hospitais com ações específicas pelo Dia Mundial do Doador de Sangue, Dia Nacional de Combate ao Fumo, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio e Dia Mundial do Diabetes.

O Concerto nas Igrejas foi fortalecido nesta temporada, com participações dos corais comunitários do Nosso Canto, programa de incentivo realizado nas Regionais, com aulas gratuitas de técnica vocal e canto coral para as comunidades.

O fortalecimento veio a partir de uma agenda própria de concertos no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, com os destaques da temporada anual e transmissão ao vivo para todo o país, pela TV Evangelizar. O alcance aos concertos triplicou, chegando a 118 mil brasileiros por apresentação, ampliando o trabalho de formação de plateia e a democratização do acesso à música erudita.

A música popular brasileira teve destaque com aproximadamente 230 ações entre bate-papos, apresentações e oficinas no Conservatório de MPB de Curitiba, espaço que recebe cerca de 900 alunos todo semestre para aulas de instrumentos e práticas de conjunto. Além desses eventos, o Conservatório mantém uma agenda constante de rodas de choro, samba e de música caipira.

Em parceria com o Conservatório, o Teatro do Paiol recebeu 52 apresentações de músicos curitibanos estimulando a classe artística da cidade através dos Programas Paiol Musical e Terça Brasileira, um dos principais eventos foi a comemoração dos 37 anos da Banda Lyra Curitibana.

O Teatro do Paiol teve também artistas de renome internacional, como Baptiste Herbin, Anelis Assumpção, Siba e As Bahias e a Cozinha Mineira.

Artes cênicas
O ponto alto foi a estreia do programa Praça do Circo. No Parque Náutico (Boqueirão), o programa estreou com sessões populares do Circo Rhoney, marcando o início do Programa Verão Curitiba 2019.

No parque Barigui, próximo ao acesso para a BR-277, coube ao Circo Zanchettini encerrar a programação circense aberta no Dia da Criança (12/10). No Alto Boqueirão, crianças e adultos passaram pelas oficinas de artes circenses do Circo da Cidade Lona do Zé Priguiça.

O Teatro Novelas Curitibanas passou a ser designado pelo nome da falecida atriz Claudete Pereira Jorge e sediou espetáculos, oficinas e rodas de conversa. A programação fez parte da 3ª Mostra Emergente, que reuniu cinco jovens companhias teatrais da cidade interessadas em compartilhar com o público suas pesquisas e criações.

Patrimônio cultural
Entre as ações de preservação e difusão do patrimônio cultural destaca-se a montagem da exposição Curitiba, Tempo e Memória. A trajetória de Curitiba é narrada da pré-história aos dias atuais por meio de documentos manuscritos, fotografias, filmes, obras de arte e recursos interativos que testemunham e apresentam o viver de sucessivas gerações de curitibanos. A exposição está instalada no 3º andar do Memorial de Curitiba.

Destaque também para a posse do novo Conselho Municipal de Patrimônio Cultura, a segunda gestão desde 2017. Entre as aquisições para o acervo municipal de arte está a peça Centenário da Amizade Brasil/Japão, de Manabu Mabe. Doada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, a escultura foi instalada na Praça do Japão.

Literatura
Pensando no público que vai prestar vestibular na Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Coordenação de Literatura da FCC abriu uma nova atividade: os Clubes de Leitura do Vestibulando.

Em funcionamento nas Casas da Leitura Dario Vellozo, Augusto Stresser, Wilson Bueno, Paulo Leminski, Vladimir Kozák e Osman Lins, a iniciativa visa a ampliar as oportunidades para os estudantes de familiarizarem com as obras e autores.

Durante o ano, as 17 Casas da Leitura desenvolveram atividades para celebrar os 180 anos do nascimento de Machado de Assis e os 75 do paranaense Paulo Leminski. Também tiveram lugar nesses espaços as mulheres, os negros e o público LGBTI.

A Semana Curitiba Lê, que marcou os nove anos do programa de incentivo à leitura e formação de leitores, trouxe debates, oficinas e convidados como os autores Maria Valéria Rezende, José Castello e Rosana de Mont’Alverne Neto.

Em outubro, Curitiba Lê ficou entre os 42 finalistas do 4º Prêmio Retratos da Leitura, promovido elo Instituto Pró-Livro (SP).

Etnias
A diversidade das culturas que formam Curitiba e sua gente tiveram lugar no Pavilhão Étnico (Centro Histórico), além dos Memoriais Ucraniano (Parque Tingui) e Polonês (Bosque do Papa). Nesses espaços, culturas tão ricas e diferentes como a árabe, negra, portuguesa e alemã, entre outras, puderam apresentar seus sons, danças, trajes típicos, comidas e religiosidade.

No Mercado Municipal, o curso de Gastronomia Étnica chegou a três edições e destacou as cozinhas brasileira e indiana.

Cinema não comercial
Promotores de filmes de arte, Cinemateca (perto do Cemitério Municipal) e Cine Guarani (no Portão Cultural) registraram uma série de mostras. Fizeram parte do calendário da Cinemateca a Mostra Cinemas do Brasil em homenagem aos cinemas de rua, títulos voltados para a cultura feminina e a Mostra de Cinema Europeu.

Alunos do curso de Cinema da Unespar tiveram lá sua aula inaugural e frequentadores de unidades da Fundação de Ação Social (FAS) assistiram a filmes diversos por meio do programa Cinema nos Bairros.

O Cine Guarani passou a sediar o Frame a Frame – o mais novo cineclube da cidade e dedicado exclusivamente à exibição de filmes de animação – e sediou mostras inéditas como o Giff – Geocaching International Film Festival 2019 – e a Experimental Film Society.

Dança
A Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento é o espaço da dança da Fundação Cultural de Curitiba de referência nacional no desenvolvimento de estudos e investigações relacionadas ao corpo, movimento e dança. As ações têm foco na criação de políticas e programas para desenvolvimento da linguagem da dança em curto, médio e longo prazo. Artistas locais, nacionais e internacionais são convidados a ministrar aulas, workshops, desenvolver residências coreográficas e palestras.

São destaques do ano a comemoração do mês da dança, em abril, e a Mostra Solar. A agenda também é composta por ações que partem do interesse da comunidade e que dialogam com o pensamento da Casa Hoffmann e seu entendimento de dança, pesquisa de corpo e movimento.

Durante todo o ano foram oferecidas oficinas com o objetivo de fomentar a formação de artistas e estudantes da cidade. Com aqueles que possuem alguma experiência em dança, foram realizadas residências com duração de aproximadamente sete dias para uma imersão com artistas convidados.

Com o programa Aulas Continuadas, aulas de dança gratuitas foram ministradas por artistas locais, com viés para a cena contemporânea. Outro programa direcionado a crianças e adolescentes de 5 a 16 anos fortaleceu a área nas regionais, através do Programa Circuito de Dança nos Bairros.

Outro programa voltado à comunidade e formação de plateia é o Portas Abertas. Com entrada gratuita, consiste em aulas e apresentações para quem sentir vontade de contemplar ou então participar da atividade. Atualmente fazem parte do Portas Abertas os coletivos: SUMMUS / UM; Pontes Móveis; Nós em Traço; Cipher 58 / EmpireClã.