Colaboração

Paulo de Carvalho Souza, de 42 anos,  suspeito de assassinar a namorada, Lucimara Stasiak, de 30  anos, se entregou por volta das 19 horas após ameaçar, durante 24 horas, se suicidar em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Ele é um advogado da cidade de Maringá, no Noroeste do Paraná.

As informações da polícia catarinense é que Paulo matou a namorada a facadas e permaneceu com o corpo no apartamento desde quinta (28). Policiais suspeitam que a mulher tenha sido morta na quinta-feira (28), porque vizinhos disseram que houve uma discussão e depois disso ela não foi mais vista.  Ela também não visualizava os aplicativos em seu celular desde a quinta de manhã.  A polícia só soube do caso nesta terça (2),  através de denuncia de vizinhos. Ao chegar no local, o homem não abriu a porta. Vizinhos disseram também que ele só saiu para comprar muito gelo, provavelmente para manter o corpo conversar. Foi quando ele ficou foi para varanda do edifício Ilha de Paquetá, na Rua 3150., onde ameaçou se matar durante 24 horas.

Lucimara Stasiak também era advogada e atuava na cidade de Florianópolis. Os policiais confirmaram que o corpo da advogada foi encaminhada ao IML.  Paulo disse aos policias que teve surto psicótico e achou que esfaqueava aranhas e não Lucimara. 

Lucimara nasceu em Curitiba,  mas foi criada pela avó e as tias em Blumenau. Formou-se em Direito na Furb .

A advogada Lucimara (Facebook)

Posicionamento da OAB/PR – A OAB Paraná lamenta profundamente mais um triste caso de feminicídio que vitimou Lucimara Stasiak, inscrita na OAB Santa Catarina sob o nº. 37.458, e manifesta solidariedade à família, aos amigos e colegas da advogada. 

A seccional paranaense, por meio da Comissão de Estudos de Violência de Gênero (CEVIGE) e da Comissão da Mulher Advogada, defende intransigentemente o combate à violência e repudia mais este episódio trágico e abominável.

O caso é acompanhado pelo presidente da OAB Santa Catarina, Rafael Horn, que esteve pessoalmente nesta quarta-feira (3) no local onde a polícia negocia a rendição do acusado pelo crime e conversou com as autoridades policiais que conduzem o caso. “Ficamos consternados com o ocorrido e não aceitamos qualquer tipo de violência. Estamos falando da vida de uma pessoa, o bem mais precioso que temos, suprimida em circunstâncias dramáticas”, afirmou.

As Comissões da Mulher Advogada, de Combate à Violência Doméstica da OAB Santa Catarina e a Comissão da Mulher Advogada da OAB Balneário Camboriú, também estão acompanhando os fatos junto às autoridades policiais e prestando apoio à família.