SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Filas de táxis e de carros de aplicativos ligeiramente mais compridas, um número um pouco maior de atrasados apertando o passo para não perderem o voo.


Os efeitos da greve geral contra a reforma da previdência têm sido apenas sutis na manhã desta sexta-feira (14) no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. No período entre 0h e 11h, apenas quatro voos saíram com atraso, média normal para o horário. Outros 79 voos saíram pontualmente.


“Não encontrei nenhuma dificuldade para chegar aqui, infelizmente. Até queria ter encontrado. Tinha que ter parado tudo. Estamos lutando pelos nossos direitos”, disse o rapper Criolo, que viajaria para o Rio de Janeiro.


A empresária Patricia Silva, 31, disse que foi “um pouco” atrapalhada pelo trânsito acima da média no entorno, mas que isso não a faria perder o voo também para o Rio.


“Está um trânsito ruim para o horário, mas nada exagerado. Saí um pouco mais cedo de casa, mas calculei mal e agora estou precisando correr”.


Os agentes da CET que trabalham no local dizem o mesmo: há um fluxo maior de veículos, mas nada extraordinário.


No saguão, são comuns as conversas sobre a perda de voos nos pontos de origem.


O advogado Guilherme Hlebetz, 26, perdeu seu voo do Rio para São Paulo e teve que pagar R $ 1.200 para embarcar em outro.


Segundo ele, uma manifestação na rodoviária Novo Rio fez com que ele ficasse preso por 1h na ponte Rio-Niterói às 6h.


“A PRF, para proteger os manifestantes, que pareciam ser da CUT, e evitar acidentes, fechou uma pista. Foi uma maneira de garantir o direito constitucional de manifestação, que tem que respeitar. O Rio ficou caótico, parou. Mas acontece”, disse.


BLOQUEIOS


Manifestantes bloquearam a rodovia que dá acesso ao aeroporto de Guarulhos para passageiros que saem da cidade de São Paulo.


A interrupção, na faixa da direita e acostamento, foi feita pela organização Povo Sem Medo na rodovia Helio Smidt (SP 019), no sentido norte, na altura do quilômetro 2,4, que fica na altura do parque Cecap.


O movimento, que segundo a polícia tem cerca de 100 manifestantes, está sendo feito em apoio à greve geral convocada para hoje por sindicatos e movimentos sociais.