Agências e unidades dos Correios do Paraná amanheceram fechadas nesta quarta-feira (11) após o sindicato dos servidores da estatal decretar greve nacional contra a privatização da estatal, que foi incluída em agosto no programa de privatizações do governo federal. 

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR), serviços de entrega e postagem realizados pela empresa estão paralisados por tempo indeterminado.

O movimento também protesta contra o reajuste salarial de 0,8%. 

A paralisação afeta as atividades da Unidade de Tratamento Internacional, que trata das encomendas que vêm do exterior e são distribuídas para todo o país. Segundo os Correios, o centro de Curitiba é uma das três unidades da empresa em todo o Brasil.

De acordo com o Sintcom-PR, os Correios têm 5,8 mil funcionários no Paraná. Não há uma estimativa de quantos funcionários aderiram à greve, mas segundo o sindicato “a adesão é alta”.

Já a direção dos Correios emitiu nota informando que a paralisação é parcial. Em Curitiba os Correios informam que, neste momento, não há suspensão de nenhum serviço da empresa devido ao movimento de paralisação parcial de empregados. As agências funcionam normalmente.

“A paralisação parcial dos empregados dos Correios, iniciada nesta terça-feira (10) pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de atendimento da estatal. A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas’, diz a nota.

Segundo os correios, levantamento parcial realizado na manhã desta quarta-feira (11) mostra que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. No Paraná, 86,69% dos empregados estão trabalhando normalmente.

Negociação — Conforme amplamente divulgado, os Correios estão executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade. Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nos quais foram apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa.

Vale ressaltar que, neste momento, um movimento dessa natureza agrava ainda mais a combalida situação econômica da estatal. Por essa razão, os Correios contam com a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa e os índices de eficiência dos serviços prestados à população brasileira.