Franklin de Freitas – Barigui

Após 23 dias em bandeira vermelha — quando o comércio e outras atividades ficaram de portas fechadas como medida para conter o avanço da Covid-19, Curitiba retornou à bandeira laranja na última segunda (5). E, ontem, primeiro domingo na bandeira laranja, a reportagem do Bem Paraná flagrou diversos pontos de aglomerações com muitos jovens sem máscara. Curitiba também teve ontem um protesto pela reabetura das igrejas e a favor do tratamento precoce contra a Covid, que reuniu centenas de pessoas. Apesar de ser uma carreata, em diversos momentos, os participantes saíram dos carros.
Os pontos com aglomerações flagrados pela reportagem foram na Praça do Gaúcho, no São Francisco, nos jardins do Museu Oscar Niemeyer (MON), no Centro Cívico, na Praça Espanha, no Batel, e no Parque Barigui. Os parques e praças, aliás, está liberada de atividades individuais ao ar livre, com uso de máscaras, que não envolvam contato físico entre as pessoas, observado o distanciamento social, mas o que se vê são várias pessoas agrupadas, sem distanciamento.
Em nenhum dos locais por onde a reportatgem do Bem Paraná, havia policiais militares ou guardas municipais.

Telefonema de Bolsonaro foi ápice de Marcha
Representantes religiosos ligados a alas mais conservadoras de igrejas evangélicas e católicas, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), fizeram ontem à tarde, uma manifestação contra a suspensão das celebrações de cultos e missas presenciais. Um grupo de cerca de 500 carros se concentraram na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, para participar a Marcha da Família Cristã pela Liberdade de Curitiba.
O auge da manifestação foi quando um dos manifestantes, que estava no carro de som, recebeu uma ligação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O grupo protestou contra o fechamento das igrejas, pediram a liberação do tratamento precoce como medida de conter o número de mortes que estão ocorrendo por causa da Covid-19.

Reunião discute impasse sobre toque de recolher
O novo decreto da Prefeitura de Curitiba que flexibiliza o horário de funcionamento dos restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência de postos de combustíveis e academias até as 23 horas, que entrará em vigor hoje, criou um impasse como o governo do Estado. É que o mais recente decreto do governo, que vale até 15 de abril, prevê toque de recolher das 20 às 5 horas. Uma reunião entre representantes da Prefeitura de Curitiba e do governo do Estado acontece hoje para discutir o impasse.