Você provavelmente já ouviu falar que agosto é o Mês do Cachorro Louco. As interpretações que justificam o apelido carinhoso são diversas, passando desde a data em que teve início a Primeira Guerra Mundial (1º de agosto de 1914) até o bombardeio das cidades de Hiroshima e Nagasaki pelos norte-americanos com bombas atômicas (6 e 9 de agosto de 1945).

A tese mais bem aceita e que melhor se encaixa com o apelido, porém, é a de que o mês recém-iniciado concentraria um maior número de cadelas no cio devido às condições climáticas. Com isso, os cachorros ficariam loucos, brigando para conquistar a fêmea, e também aumentaria o risco de infecção de raiva, doença que faz os cachorros babarem muito e ficarem com aparência de loucos.
Segundo Paulo Roberto Colnaghi, coordenador da Rede de Defesa e Proteção Animal de Curitiba, o Mês do Cachorro Louco não passa de uma crendice popular. É uma coisa que pegou e no passar dos anos vem se falando muito. Alguns dizem que é início de Guerra, Hiroshima e Nagasaki, outros apontam que em função da época as fêmeas entrariam mais no cio e os cachorros ficariam mais loucos. A gente discorda disso, é uma bobagem. Mas são coisas populares que com o passar do tempo vão ficando, comenta.

De toda forma, porém, Colnaghi ressalta a importância de as pessoas manterem os cuidados, especialmente por conta da raiva, cuja infecção ocorre por ferimento provocado por mordedura de um animal contaminado e ataca o cérebro, levando à morte. Aos donos de cachorros e gato, a recomendação é que a vacinação seja feita anualmente. Em caso de mordedura, deve-se ir até uma únidade de saúde, onde há todo o protocolo para atendimento, que as vezes é vacinação.
Casos de raiva canina há muitas décadas não acontecem mais. O último caso em Curitiba foi na década de 1970 e envolvendo um gato. Mas o controle é sempre importante, ressalta. Importante dizer também que a Prefeitura tem feito vacinações seguidas, principalmente para os animais em situação de vulnerabilidade. Estamos com uma campanha de castração maciça para diminuir os riscos de mordedura, complementa.