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Após quase uma década de relações conflituosas, o governador Ratinho Júnior (PSD) aposta em um alinhamento político inédito entre o Estado e União e na proximidade com a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para atrair apoio e recursos do governo federal para projetos de infraestrutura no Paraná. Ontem, Ratinho Jr almoçou com Bolsonaro a convite do presidente em Brasília, e o cardápio da conversa inclui um dos projetos mais ambiciosos de sua administração: a implantação de uma ligação ferroviária e rodoviária entre o Porto de Paranaguá e o de Antofagasta, no Chile.

Ambiente
A ideia já foi apresentada a Bolsonaro, no primeiro encontro entre o governador e o presidente, no início de dezembro, ainda durante a transição. A intenção, segundo Ratinho Jr, é encurtar a distância de exportação para a China, saindo pelo Pacífico em vez do Atlântico. O projeto executivo seria bancado pela Itaipu Binacional. Ontem, durante cerimônia de posse da nova diretoria da Copel, Ratinho Jr reiterou sua aposta em uma maior aproximação com Brasília. “Eu vejo que o Paraná tem uma oportunidade maior do que nós tivemos na história recente do Paraná. Nós conseguimos construir um ambiente político favorável em cima de uma agenda positiva em defesa dos interesses do Paraná”, comentou.

Quadro Negro
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) determinou que sete pessoas, além de uma empresa, devolvam, solidariamente aos cofres do Estado, R$ 227,7 mil pagos para a obra de ampliação da Escola Estadual Padre João Wislinski, em Curitiba. A obra é uma das investigadas na operação Quadro Negro. Segundo o TCE, a Secretaria da Educação contratou, em 2013, a empresa Brioschi Engenharia para executar a obra pelo valor máximo de R$ 872.606,30. Embora as medições que justificaram os pagamentos indicassem o valor de R$ 698.085,05, a execução dos serviços foi equivalente a apenasde R$ 470,292,02.

Delação
Entre os responsabilizados estão Maurício Fanini, diretor de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Sude na época. Fanini foi preso na Quadro Negro e assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público em novembro do ano passado. Com a auditoria na obra da Escola Estadual Padre João Wislinski, o número de processos julgados pelo TCE envolvendo a Quadro Negro chega a oito, com determinações de restituição de mais de R$ 8,8 milhões.

Novo vereador
O jornalista Herivelto Alves de Oliveira tomou posse como vereador da capital, hoje, na presidência da Câmara Municipal de Curitiba (CMC). Ele assume o posto deixado por Helio Wirbiski, que foi nomeado na segunda-feira como diretor-presidente do Instituto Paranaense de Ciência do Esporte (IPCE), pelo governador Ratinho Júnior. Oliveira é o primeiro suplente do PPS, partido de Wirbiski. Sobre o posicionamento político, Oliveira disse que não quer “votar tudo favorável à prefeitura”. “Mas também não quero ser aquela pessoa do contra, só por ser do contra. Se a prefeitura faz coisas boas, coisas legais, você está com a prefeitura. Se faz algo do qual você discorda, você discute, para mudar o argumento”, defendeu.

Carne Fraca
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu 19 inquéritos para investigar políticos que foram citados em delações premiadas de investigados na Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), deflagrada em 2017. A ministra Cármen Lúcia será a relatora das investigações. Os inquéritos são baseados na delação premiada do ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, que foi preso em março de 2017, acusado de comandar um esquema de cobrança de propina de empresas do setor frigorífico. Na delação, ele afirmou que para se manter no cargo, precisava pagar propina a políticos.