SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-marine Paul Whelan foi detido momentos após receber um drive USB com documentos sigilosos, afirmou seu advogado nesta terça-feira (22). 


Ainda segundo Vladimir Zherebenkov, seu advogado, Whelan pensava que o pen-drive continha informações culturais e não teve tempo de abri-lo antes de ser detido em um hotel em Moscou pelo Serviço Federal de Segurança russo.


A família diz que ele é inocente e que estava na cidade para ir a um casamento. Zherebenkov  diz que seu cliente foi manipulado. Já o chanceler russo, Serguei Lavrov, disse que ele foi pego “com a boca na botija”.


“Paul estava esperando receber informações de um indivíduo que não eram secretas”, afirmou  Zherebenko.


“Eram coisas culturais, um passeio a uma catedral, fotos das férias de Paul… Mas acabou que ele continha informações secretas.”


De acordo com o site russo  Rosbalt, o pen-drive continha uma lista de todos os funcionários de uma agência secreta estatal russa. 


Uma corte russa decidiu nesta terça manter preso Whelan, que é acusado de ser espião. O americano tem ainda passaportes britânico, canadense e irlandês. 


Após sua detenção, em dezembro, o cidadão russo Dmitry Makarenko foi detido nas Ilhas Marianas do Norte,  território americano no meio do Pacífico, e transferido para o estado da Flórida, segundo o  Ministério de Relações Exteriores da Rússia.