SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Anac (Agência Nacional de Aviação) decidiu suspender os voos com a aeronave Boeing 737 MAX 8 na noite desta quarta (13), atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República. 

Os Estados Unidos e o Canadá também anunciaram na tarde de quarta (13) que a suspensão de voos com o modelo.

Um avião Boeing MAX 8 da Ethiopian Airlines caiu no último domingo (10) logo após a decolagem, próximo a Adis Abeba, capital da Etiópia. Em outubro de 2018, o mesmo tipo de aeronave, da companhia Lion Air, caiu na Indonésia. Todas as pessoas a bordo dos dois voos morreram nas quedas.

No último domingo (10), um avião Boeing MAX 8 da Ethiopian Airlines caiu logo após a decolagem, próximo a Adis Abeba, capital da Etiópia.

Em outubro do ano passado, o mesmo tipo de aeronave, da companhia Lion Air, caiu na Indonésia. Ambos os acidentes mataram todos os que estavam a bordo. 

A Gol, única companhia aérea brasileira que possui unidades do modelo, já havia parado de utilizar os aviões desse modelo desde a noite de segunda (11). 

Segundo a agência, a decisão foi tomada após consulta junto à FAA, a equivalente americana da Anac.

Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Panamá adotaram medidas com o mesmo efeito após a divulgação da decisão da Anac. As companhias Copa Airlines e Aeroméxico já tinham voluntariamente paralisado suas operações com os aviões.

Autoridades da América Latina vinham se mostrando relutantes a paralisar as operações com o modelo, cuja segurança é questionada desde o acidente na Etiópia.

Agência reguladora da Argentina -um dos maiores mercados da região, além do Brasil- não impôs veto ao modelo. A Aerolineas Argentinas possui unidades do Boeing 737 MAX 8 e 9 e decidiu deixar temporariamente os aviões no solo.

As causas dos dois acidentes com o modelo Boeing 737 MAX são desconhecidas e as investigações ainda estão em curso.

A Etiópia anunciou que enviará para a Europa as caixas-pretas do avião Boeing 737 MAX 8 que caiu no domingo, pois o país não possui meios técnicos para analisar os dados contidos nelas.

Em nota, a Boeing, cuja sede fica em Chicago, nos Estados Unidos manteve a posição de que as aeronaves são seguras, mas apoiou a decisão de deixá-las no solo temporariamente.

“A Boeing decidiu -por uma questão de excesso de cuidado e para tranquilizar o público sobre a segurança da aeronave- recomendar à FAA a suspensão temporária das operações de toda a frota global de 371 aeronaves 737 MAX.”

Mais de 50 países vetaram voos com o 737 MAX:

Alemanha

Austrália

Áustria

Bélgica

Bermudas

Brasil

Bulgária

Canadá

Chile

China

Chipre

Cingapura

Colômbia

Costa Rica

Croácia

Dinamarca

Emirados Árabes Unidos

Eslováquia

Eslovênia

Espanha

Estados Unidos

Estônia

Finlândia

França

Grécia

Holanda

Hungria

Índia

Indonésia

Irlanda

Islândia

Itália

Kuwait

Letônia

Liechtenstein

Lituânia

Luxemburgo

Malta

Malásia

México

Noruega

Omã

Panamá

Polônia

Portugal

Reino Unido

República Tcheca

Romênia

Suécia

Suíça

Ucrânia