
O anúncio de mais um reajuste de 18,8% no preço da gasolina e de 24, 9% do diesel já provoca fila nos postos de Curitiba. Os aumentos passam a valer a partir desta sexta-feira, 11 de março, nas refinarias. A reportagem já constatou fila nos postos dos bairros Ahú, Pilarzinho e Bacacheri.
Há informações de que alguns postos já aplicaram o reajuste e o valor já passa dos R$ 7 nas bombas e de dificuldades dos caminhões conseguirem carregar nas distribuidoras da Grande Curitiba.
Em relação ao aumento realizado pela Petrobras nas refinarias, o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis e Lojas de Conveniências do
Estado do Paraná – Paranapetro esclareceu: “Este é um aumento que terá grande impacto para consumidores, o mercado e a economia em geral. Desde o final de semana algumas distribuidoras já começaram a aumentar os preços de venda para os postos, antes de qualquer anúncio oficial de elevação na Petrobras, alegando uma maior entrada de combustíveis importados no mercado. Conforme o Paranapetro tem alertado, esta é uma prática frequente: algumas distribuidoras costumam repassar os aumentos com grande agilidade para os postos, muitas vezes de imediato”.
No bairro do Ahú, no posto da esquina das ruas Alberto Folloni com a São Sebastião, a fila contava com mais de 100 carros, por volta das 13 horas desta tarde de quinta-feira, 10 de março. Como o trânsito da São Sebatião é de mão dupla, os motoristas que passarem pelo local precisam ficar atentos. No mesmo posto, a reportagem flagrou o momento em que o funcionário alterava o preço do litro do etanol de R$ 4,75 para R$ 4,89 na placa. No entanto, o reajuste não estava ainda sendo aplicado na bomba, pois não havia tempo hábil para alteração simultânea.
No Bacacheri, uma consumidora reclamou de um reajuste de R$ 1, já a partir de hoje. Ela relatou que deixou o posto assim como outros motoristas que aguardavam na fila para abastecer.
Também há informações de falta de combustível em alguns postos devido à corrida dos consumidores no início nesta tarde. Em nota, o Paranapetro informou que houve apenas o registro de problemas pontuais no Paraná: “Em relação a notícias sobre distribuidoras de combustíveis relatarem dificuldades para comprar combustíveis, o Paranapetro informa que até o momento teve informações sobre ocorrências pontuais no Paraná. Estas dificuldades são mais presentes com o diesel S10, cujo fornecimento depende mais das importações. O Paranapetro segue acompanhando a situação”.
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O anúncio ocorre após 57 dias sem reajuste. O preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. A partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.
“Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro”, informou o comunicado da empresa.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras subirá de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro”, diz a nota.