Henry Milleo – Fila “monstro” chamou a atenção de quem passava pela Rui Barbosa

Uma fila gigantesca chamou a atenção de quem passava pela Praça Rui Barbosa, no Centro de Curitiba, ontem. Desde as 9 horas e até a tarde, centenas de pessoas foram atrás de um anúncio de emprego em uma rede de farmácias. Algumas delas esperaram durante seis horas pela chance de se candidatar a uma das 210 vagas de emprego abertas pela rede de farmácias Nissei para a Capital e região. A farmácia recebeu 750 currículos.
A Técnica em Segurança do Trabalho, Joelma Pedroso, foi uma das que enfrentou a fila. “Cheguei às 10 horas e conseguiu entregar meu currículo por volta das 16 horas”, conta. Desempregada, Joelma enfrenta maratonas em busca de trabalho nos últimos quatro anos. “Quem sabe agora”, diz. Ela se candidatou a uma vaga de operadora de caixa.
A Técnica em Segurança faz parte de um contingente que busca emprego em meio à crise econômica persistente. Embora o Paraná tenha uma das menores taxas de desocupação em âmbito nacional — 8,9% — eram mais de 500 mil pessoas sem ocupação no terceiro trimestre deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada na terça-feira pelo IBGE.
Temporários
Conseguir um emprego no final de ano, portanto, se transforma no melhor presente que um desempregado pode sonhar. Uma das alternativas são os trabalhos temporários no comércio, serviços e indústria visando as festas de fim de ano. No Paraná, uma estimativa da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), é de que seriam criadas 36.899 vagas entre setembro e dezembro no Estado.