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A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou que não recebeu nenhum pedido de registro formal referente à Sputnik V, vacina russa contra à covid-19. O órgão informou que recebeu na quinta-feira, 29, uma solicitação do laboratório União Química, que elabora a imunização em parceria com o governo da Rússia, apenas para análise de documentos prévios. As informações não são uma solicitação formal para pesquisa e não são suficientes para a autorização da Anvisa.

Segundo a agência, o comunicado do laboratório “esclarece que os detalhes para a pesquisa clínica de fase 3 da Sputnik V ainda serão apresentados em data que depende do laboratório”. A nota informa ainda que a União Química manifestou interesse em realizar uma reunião de caráter técnico com a Anvisa antes de pedir formalmente a autorização da pesquisa clínica para a Sputnik V.

“A documentação para solicitar a autorização de pesquisa clínica chama-se Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM), que ainda não foi apresentado para a Anvisa para essa vacina”, diz o comunicado da Anvisa. Essa etapa de estudos é realizada com seres humanos depois de obtidos dados e informações significativos nas etapas anteriores, esclarece a Anvisa. O protocolo desses estudos clínicos precisa ser avaliado e aprovado pela agência antes da sua execução.

O passo seguinte consiste no registro, quando a Anvisa revisa todos os documentos técnicos e regulatórios e verifica os dados de segurança e eficácia, bem como a qualidade da imunização. “O registro, concedido pela Anvisa, é o sinal verde para que a vacina seja comercializada e disponibilizada no País”, esclarece o órgão.

Acordo com o Paraná – A vacina russa contra a covid-19 é chamada de Sputnik V e está em desenvolvimento pelo Instituto de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. A vacina utiliza a tecnologia de vetor viral, em que outro tipo de vírus é modificado e utilizado para transportar informações genéticas do novo coronavírus. Também funcionam dessa forma as vacinas da AstraZeneca/Oxford, da Johnson & Johnson e da Cansino. No Paraná, o acordo entre o Fundo e o governo envolve o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que está sendo preparado para a produção da vacina. Em nota, o Tecpar informou que está em fase de elaboração do protocolo de validação da fase 3 dos testes clínicos da vacina russa Sputnik V, sem mencionar uma data para início da produção do imunizante.