SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um dia após um caminhão ter avançado contra a multidão em um mercado natalino em Berlim, matando 12 pessoas, autoridades de diferentes países europeus anunciaram o reforço da segurança em locais públicos nas festas de fim de ano. O prefeito da cidade francesa de Estrasburgo, Roland Ries, disse nesta terça-feira (20) que grandes barreiras foram erguidas para impedir a entrada de veículos nas ruas em que ocorre o mercado natalino da cidade, um dos mais tradicionais da Europa. Um esquema de revistas de visitantes também foi implementado. “Não desistiremos perante as chantagens e o terrorismo”, disse Ries. “Isso equivaleria a entregar a vitória para eles e para sua guerra de propaganda contra o Ocidente.” O ministro do Interior da França, Bruno Le Roux, pediu que as pessoas participem das celebrações apesar das ameaças à segurança. “A polícia e a inteligência estão trabalhando 24 horas por dia. (…) A proteção é garantida”, disse Le Roux à rádio Europe 1. A França registrou três grandes atentados terroristas nos últimos dois anos, que deixaram um total de 230 mortos: contra a redação do semanário satírico “Charlie Hebdo” em janeiro de 2015, contra bares e uma casa de espetáculos em Paris em novembro do mesmo ano, e contra as celebrações do Dia da Bastilha em julho de 2016. A polícia de Londres disse em comunicado que os planos de segurança de eventos públicos no Natal e no Ano Novo foram reforçados “por precaução”. Autoridades da cidade britânica de Manchester disseram ter aumentado a presença de agentes de segurança nos mercados natalinos da cidade. Além disso, a Itália prometeu incrementar a segurança em espaços públicos, inclusive na praça de São Pedro, no Vaticano, onde o papa Francisco fará aparição no Natal. O ministro do Interior, Marco Minniti, se reuniu com as autoridades policiais do país para discutir os planos de segurança. As autoridades tchecas também afirmaram ter revisado os planos de segurança. O premiê Bohuslav Sobotka prometeu presença policial “massiva” nos locais de concentração de multidões no Natal e no Ano Novo. Nesta terça, as autoridades da Alemanha disseram considerar o atropelamento em Berlim como um ato “terrorista”. Um paquistanês que havia sido detido por suposta ligação com o ataque foi liberado por falta de evidências.