Depois do seu 12.º jogo à frente do São Paulo, o técnico Fernando Diniz exaltou a postura dos jogadores. A equipe empatou por 1 a 1 contra o Santos neste sábado, na Vila Belmiro, pela 33.ª rodada do Campeonato Brasileiro. O treinador ainda lembrou de outra igualdade obtida fora de casa: contra o Flamengo, no Maracanã, em sua estreia no comando do time.

Em sua avaliação, Diniz admitiu que o São Paulo precisa melhorar a pontuação e mostrou otimismo para o futuro. A equipe tem 53 pontos, ocupa o quinto lugar da tabela de classificação do Brasileirão e busca se classificar já para a fase de grupos da próxima edição da Copa Libertadores.

“O ponto negativo é a pontuação, claramente. O São Paulo tem que pontuar melhor. Vamos nos desdobrar para classificar o time de maneira direta para a Libertadores. O ponto positivo é ter mudado drasticamente a característica do jogo. É um time que tem mais posse, um time que chega na Vila Belmiro e Maracanã e não se acovarda. O Santos teve mais chances no primeiro tempo, mas não fomos envolvidos. É um time corajoso, as pessoas se entregam. O perfil do grupo é bom, mas estamos nos conhecendo ainda. Tenho vários jogadores jovens, de uma fábrica muito boa em Cotia. O meu olhar para o futuro é muito positivo”, avaliou Diniz.

Questionado sobre a pressão por causa da falta de títulos do São Paulo, o treinador minimizou. No início desta semana, depois de perder duas partidas em casa – para Fluminense e Athletico-PR -, o diretor de futebol Raí cobrou o elenco em conversa no CT da Barra Funda.

“No CT não tem uma pressão a mais. Existe uma pressão de todo mundo. Nosso diretor é o Raí, um dos grandes ídolos, ele sabe o que é fazer pressão, o que é suportar pressão e o que é vencer a pressão. A gente tem a felicidade de ter um cara do futebol, que se preparou, é inteligente. Foi muito mais uma conversa do que uma cobrança. Ele mostrou que estava junto, mostrou algumas coisas que achava que estava errada, mas no tom certo, os jogadores entenderam. A falta de títulos no São Paulo gera uma expectativa grande. A coisa mais importante do futebol que praticamos é o torcedor. O torcedor que é acostumado a ganhar como o do São Paulo, quando fica sem ganhar, existe um incômodo natural. Temos que suportar e saber devolver ao torcedor o que eles querem”, afirmou o treinador.

Em relação ao empate contra o Santos, Diniz concordou que o rival foi superior no primeiro tempo e o São Paulo melhorou na etapa final. Depois do intervalo, o técnico colocou Liziero na vaga de Jucilei e deixou o time mais ofensivo.

“Eu não sei quantas chances o Santos criou. O Santos teve o lance do pênalti, que era totalmente evitável. A outra chance foi o recuo que o Volpi saiu e acho que teve outra. Não vi tantas chances no primeiro tempo. A gente não conseguia concluir, mas estava fazendo o jogo que a gente se propôs a fazer, marcando alto, ganhando quase todas as segundas bolas. Faltou definir? Concordo. Ficou amarrado. Isso foi corrigido com a entrada do Liziero, o recuo do Tchê Tchê e ser mais agressivo, atacar mais a última linha do Santos. Tivemos uma melhora expressiva no segundo tempo”, analisou.